Seu Amor Verdadeiro romance Capítulo 201

POV da Bella:

Klein olhou para mim impotente e disse: "Fiquei com medo de que, se me mexesse, eu pudesse atrapalhar o seu desabafo."

Ao ouvir o que ele disse, eu ri.

"Fico mais tranquilo quando você ri." E então, Klein se levantou, me provocando: "Minhas pernas já estavam dormentes!"

Ele estava caçoando de mim, o que me chateou um pouco.

Se tivesse conhecido o Klein primeiro, eu me apaixonaria por ele?

Infelizmente, não havia "se" no mundo, e tudo já havia acontecido.

Fiquei no hospital por mais alguns dias. Klein contratou uma enfermeira e, quando não estava por perto, ele mandava a enfermeira cuidar de mim.

Um dia, eu estava deitada na cama, vestindo uma camisola de hospital. Klein acabara de voltar do tribunal e estava sentado na frente da cama, descascando uma maçã para mim.

"Quando vou receber alta?" Morar naquela enfermaria branca estava me enlouquecendo.

Ele levantou a cabeça e respondeu: "O médico disse que você precisa ficar em observação por mais alguns dias."

"Eu não quero mais ficar aqui."Eu disse, aborrecida.

Embora a ala estivesse limpa e arrumada, o cheiro de desinfetante me incomodava e me deixava extremamente irritada. Além disso, era tão silencioso que eu ficava com medo.

Klein perguntou: "O que você pretende fazer depois de deixar o hospital?"

Eu não sabia como responder.

Não ousava ir para casa, mas também não tinha permissão para ir muito longe no meu estado atual. Afinal, eu não estava bem de saúde e estava grávida.

Klein fez uma sugestão. "Se você quiser sair do hospital o mais rápido possível, eu tenho uma ideia. Você pode ficar descansando na minha casa por um tempo."

"Eu moro sozinho e tenho criados para limpar e cozinhar. Depois que se recuperar, você resolve o que fazer."

Eu imediatamente neguei: "Não, não posso morar na sua casa."

"Você tem um lugar para ir?" Klein perguntou.

Eu estava em um dilema.

Se a minha mãe soubesse que eu estava grávida, com certeza ficaria muito chateada.

Eu podia imaginá-la implorando para que eu fizesse um aborto.

A casa da Joey... Eu também não podia ir para lá. A Joey estava prestes a levar a mãe para morar com ela. Realmente não tinha um lugar para eu ficar.

"Posso ficar em um hotel!" Respondi.

Eu poderia encontrar um hotel barato para ficar hospedada por uns dez dias. Quando eu melhorasse, encontraria um emprego de meio período.

Então, notei que parecia haver um pouco de sangue na maçã que Klein segurava.

"O que aconteceu?" Perguntei imediatamente .

"Está tudo bem. A faca está muito afiada. Cortei a mão. Vou ao banheiro para lavar." Depois, Klein apertou os dedos e entrou no banheiro.

Dei uma olhada na maçã meio cortada na mesa e dava para ver que tinha uma quantidade razoável de sangue.

Eu sabia o quanto o Klein se importava comigo e o quanto gostava de mim, mas não podia dar à ele nenhuma posição quanto ao lado emocional.

E, então, Klein saiu do banheiro com o dedo enrolado em um lenço de papel.

"Você está bem?" Perguntei.

"Estou. Só perdi um pedaço de pele." A voz de Klein estava calma.

Eu não insisti mais. Abaixei a cabeça e fiquei em silêncio por um momento. Então, disse: "Sinto muito!"

Ao ouvir isso, Klein riu. "Você fez algo de errado?"

"Eu te causei problemas de novo." Eu disse, olhando para ele.

Depois de um momento de silêncio, Klein falou: "Bella, estou apenas ajudando uma amiga. Acredite em mim, não tenho nenhuma outra intenção. Só quero ajudar você e também quero ajudar essa criança na sua barriga."

"Espero que ela possa nascer com saúde."

Os olhos de Klein estavam cheios de sinceridade. Era inegável que ele era uma boa pessoa.

Então, ele continuou: "O médico me disse que você está muito fraca e que precisa ficar de cama por pelo menos mais duas semanas. E o risco de um aborto espontâneo nos primeiros três meses é grande. Você precisa tomar cuidado com isso. O médico também disse que o seu útero já foi machucado e, se você não se cuidar, além do perigo de um aborto espontâneo, é muito provável que você nunca mais consiga engravidar de novo."

Ao ouvir essas palavras graves, olhei espantada para ele.

Embora o médico também tenha me avisado da gravidade da situação, ele não foi tão sério assim e eu tive minhas dúvidas.

Klein continuou: "Às vezes, para animar o paciente, os médicos omitem a gravidade da situação, mas eles pedem para as famílias ficarem de olho em tudo."

Eu sabia que o que o Klein disse era verdade. Às vezes, os médicos realmente faziam isso.

"Então, você precisa pensar no bebê, para que ele nasça com saúde, ok? Não ia ter ninguém para cuidar de você no hotel."

"E se acontecer alguma coisa com você e ninguém te mandar para o hospital? O que você acha?" Klein estava tentando me convencer.

No final, sorri e disse: "Tudo o que você disse me preocupa muito. Parece que não tenho escolha. No entanto, já vou avisando que vou ficar na sua casa temporariamente!"

Klein estava muito feliz. Ele se levantou e disse: "Vou para casa preparar tudo. Amanhã de manhã vou falar com o médico sobre a sua alta."

"Ok." Assenti.

E então Klein saiu apressadamente do quarto.

Quando a porta se fechou novamente, o sorriso em meu rosto desapareceu.

Senti que era uma inútil. Eu não conseguia nem cuidar do bebê na minha barriga sozinha e só incomodava os outros.

Mas, pelo bem do meu filho, não recusei a oferta dele, afinal, não podia perder essa criança.

Quinze ou vinte dias depois, quando a criança estivesse completamente segura, eu deixaria a casa do Klein...

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