POV da Bella:
Dois dias depois, Klein me levou até a casa da avó dele.
Depois de dirigir por cerca de uma hora, ele estacionou o carro em um lugar muito bonito.
Havia uma montanha coberta de vegetação e um rio de águas claras, onde moravam pequenos peixes e outros animais aquáticos.
O outono é a estação da colheita, então a macieira, o caquizeiro e a tamareira estavam cheios de frutas.
Atrás das árvores, havia uma casa com telhado vermelho e paredes brancas.
Era tão lindo que parecia mundo de conto de fadas.
Ao respirar, senti que o ar era limpo.
Não era de se admirar que a avó do Klein gostasse de morar aqui sozinha.
Fiquei um pouco feliz com a ideia morar neste lugar também por alguns meses.
"Não é um lugar ruim, é?" perguntou Klein.
Eu balancei a cabeça. "É ótimo. E tão bonito."
Então, a porta de madeira do pequeno pátio foi aberta por dentro e uma mulher de cerca de quarenta anos apareceu. Ela usava um vestido cinza, simples e limpo.
"É bom vê-la, Bert!" Klein sorriu ao cumprimentá-la.
Bert estava muito entusiasmada: "Sr. Wharton, o senhor está de volta? Esta é a Srta. Stepanek? Ela é mesmo uma bela dama."
"Prazer em conhecê-la." Cumprimentei educadamente.
Ainda a pouco, no caminho, Klein tinha me explicado a situação. Bert era uma criada que servia a avó dele e era uma pessoa calorosa e gentil.
A casa da Bert ficava perto dali. Ele disse que ela trabalhava para a família há dez anos.
"Cadê a vovó?" Klein perguntou.
"Está esperando por vocês na sala. Ela acabou de pedir para eu vir até a porta ver se vocês estavam chegando." Bert respondeu com um sorriso.
"Por favor, leve a bagagem para dentro de casa." Depois de dar a ordem, Klein me puxou para o pequeno pátio.
Eu me apaixonei pelo lugar imediatamente.
O caminho era pavimentado com seixos e as parreiras de ambos os lados estavam cheias de uvas verdes.
Do outro lado do pátio havia uma pequena horta com tomates, cenouras e outros vegetais.
"Estes são os vegetais da vovó." Klein explicou enquanto mostrava o caminho para mim.
"Vovó!" Ele gritou, enquanto atravessava o quarto de hóspedes e entrava no quarto principal.
Fui atrás dele, um tanto cortês e cautelosa.
"Klein!" Uma senhora de cabelos brancos puxou Klein para si. Pelo olhar amoroso da senhora, dava para perceber que ela gostava muito dele.
Vendo como a avó estava animada, Klein se aproximou e a abraçou: "Vovó, como você está?"
"Ah, estou bem." Ela assentiu, sorrindo.
Só depois de trocar algumas palavras com o neto, a dona Leina me viu e disse com um sorriso: "E essa deve ser a famosa Bella."
"Olá, dona Leina." Eu cumprimentei, educadamente.
"Vovó, esta é uma grande amiga minha. Não seja muito rígida com ela." Klein puxou a mão da avó, rindo enquanto falava.
A Sra. Leina olhou para o Klein e disse: "Posso dizer com um único olhar que a Bella é uma boa menina! Ela parece muito mais obediente do que você!"
Klein esfregou o nariz, revelando um sorriso no rosto. Ele parecia um garotinho travesso, completamente diferente da imagem que eu tinha do chefe de um escritório de advocacia.
Era verdade que não importa a idade de uma pessoa, ela ainda seria como uma criança na frente dos anciãos mais próximos da família.
Embora a avó de Klein tivesse mais de setenta anos, ela parecia muito saudável e bonita.
Após uma inspeção mais detalhada, vi que alguns traços no rosto de Klein eram semelhantes aos da avó.
O vestido da Dona Leina era simples, mas ela tinha uma postura muito elegante. Além disso, a pulseira de jade que ela usava era muito delicada e não era uma peça acessível para qualquer um.
A família de Klein era muito rica e sua avó naturalmente não era uma pessoa comum.
Naquela noite, Klein também se hospedou na casa da dona Leina.
A casa era muito espaçosa. Mesmo que houvessem mais algumas pessoas, ninguém precisariam se preocupar em ter onde dormir.
No dia seguinte, Klein partiu, deixando-nos sozinhas.
Demorei um pouco para me acostumar, afinal, era tudo muito diferente mas, aos poucos, fui descobrindo que a dona Leina era uma velhinha muito experiente.
Ela se levantava às seis horas da manhã, fazia exercícios e tomava café da manhã. Então, ia para a cama para descansar por uma hora e lia o jornal. À tarde, fazia uma caminhada e assistia dramas na TV à noite.
Alguns dias, ela plantava hortaliças e flores. Se tivesse um tempo livre, conversava um pouco comigo.
Resumindo, ela não interferia na minha rotina, mas deixava a Bert cuidar bem de mim.
Agora eu sabia porque o Klein tinha me levado ao supermercado para fazer compras. Ele tinha comprado tudo que eu podia precisar, pois não havia nem supermercado por perto. Felizmente, eu tinha praticamente tudo o que podia precisar.
Eu também dormia e acordava cedo todos os dias. Eu ficava no quintal e acompanhava a Dona Lena nos exercícios matinais. Aprendi a plantar flores, verduras, ajudava a cozinhar, limpava o quintal e fazia companhia à ela assistindo as novelas à noite.
Os dias passaram muito depressa e o meu coração estava extraordinariamente tranquilo. Descobri que nunca estive tão em paz como agora.
Aqui não havia o barulho na cidade, nem nenhum emaranhado emocional complexo.
Ninguém brigava comigo, aprendi a lidar com as coisas com calma e estava muito mais tranquila.
Dois meses depois, minha barriga estava crescendo cada vez mais e o bebê tinha começado a se mexer, então eu passei a interagir com ele.
Uma noite, a vovó e eu estávamos assistindo a um romance dramático, mais precisamente uma cena romântica entre um casal.
"Bella, existe alguma relação de sangue entre a criança na sua barriga e eu?" Dona Leina me perguntou de repente.
O que ela quis dizer com aquilo? Como a criança em minha barriga poderia ser parente da avó do Klein?
Dona Leina sorriu maliciosamente: "Embora eu seja velha, você não vai conseguir mentir para mim. Percebi que o Klein gosta de você."
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