POV da Bella:
Inesperadamente, ele me abraçou. Minha mão tremeu e a água do copo respingou na cama.
Então, senti que o corpo dele estava tremendo. Eu sabia que ele estava com febre alta, então rapidamente o ajudei a se deitar e o cobri com a manta.
"Não vá! Não vá..." Em seu delírio, Klein agarrou o meu pulso e se recusou a me soltar.
Fiz uma careta e estendi a mão para afastá-lo, mas não consegui. Então, olhei para ele e vi que ele estava gravemente doente.
Toquei a testa dele, mas ainda não havia suor e as mãos e pés dele ainda estavam gelados.
Nesse momento, lembrei-me do que o médico disse quando a Lucky ficou doente: se uma criança estiver com febre, mantenha suas mãos e pés aquecidos.
Afastei o Klein e fui até o quarto ao lado para pegar uma colcha para cobri-lo, esperando que ele suasse.
Mas então, o Klein começou a se virar de um lado para o outro sob os cobertores e tagarelou sem parar: "Frio... frio..."
Vendo que isso não ia funcionar, dei um tapinha na bochecha dele. Em voz baixa, eu disse: "Klein, você está com febre alta. Vou levá-lo ao hospital. Vamos, levante-se!"
Parecia que ele não estava ouvindo nada. Ele agarrou os meus braços e gritou: "Não vá. Não me deixe..."
Abaixei a cabeça para olhar o homem à minha frente que, sob a luz fraca que vinha do lado de fora e assim tão perto de mim, parecia uma criança. Hesitei.
As sobrancelhas dele estavam bem unidas e o corpo todo ainda tremia. A perseverança do homem há muito havia desaparecido, substituída pela fragilidade e pelo medo de uma criança.
Aquele homem era uma pessoa importante na minha vida que me salvou muitas vezes do perigo.
Sem ele, eu não estaria aqui, e a Lucky não estaria saudável e feliz.
Eu sentia muita gratidão pelo Klein, mas não sabia como retribuir. Além disso, ainda estava recebendo assistência dele.
Depois de pensar muito, lentamente estendi os braços, o abracei e sussurrei no ouvido dele: "Não vou embora. Vou ficar aqui com você."
Eu não sabia se ele tinha me ouvido ou não. Senti que seus braços estavam mais apertados e ele me segurou com mais força.
Eu não recusei o abraço nem me afastei dele. Em vez disso, cobri-o com um cobertor grosso e o ajudei a aquecer as mãos e os pés.
O rosto dele estava encostado no meu pescoço e eu podia sentir que ele estava queimando por causa da febre alta. Eu não sabia se era certo ou errado ficar abraçada com ele, mas o Klein estava doente e eu tinha que cuidar dele.
Eu o abracei com força, coloquei minha cabeça em seu ombro e liguei para um amigo médico que eu conhecia. Depois, cuidei do Klein de acordo com as as instruções que recebi.
Meu amigo havia dito que, desde que eu seguisse a prescrição dos remédios, não haveria maiores problemas.
Foi só às três horas da manhã que o Klein finalmente se sentiu melhor.
Minhas roupas estavam encharcadas. Fiquei com medo dele ficar desidratado, então deixei ele beber muita água.
Depois que a febre cedeu, percebi que ele acordou. Meu rosto estava um pouco corado. Rapidamente levantei a colcha e saí da cama.
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