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Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 149

Luana recusou a chamada de novo. E Henrique, inacreditavelmente, ligou outra vez.

Parecia exatamente com aquelas vezes em que ela tentava falar com ele desesperadamente… e nunca conseguia.

Que piada.

Luana nunca imaginou que chegariam a esse ponto.

Quando ela finalmente enxergou tudo com clareza, sem mais expectativa, sem mais desejo, mesmo tendo menos dinheiro, menos status, mesmo tendo sido a parte menor nesse casamento, o coração de Luana nunca mais se curvou diante dele.

E agora, ela podia olhar para Henrique de igual pra igual.

Luana não desligou. Apenas esperou o toque acabar sozinho.

Colocou o celular no silencioso e o virou de tela pra baixo no banco do carona.

O destino dela era a mansão onde morou com Henrique por três anos.

Daquele lugar, só tinha uma coisa que ela ainda não tinha levado.

O pacote que Lorena tinha enviado.

Dentro, havia um cartão com um bilhão e quinhentos milhões de reais.

Todo o resto, pessoas, memórias, objetos, ela não fazia questão.

Porque ela não queria mais nada.

Álvaro, por sua vez, não voltou direto pra casa.

No meio do caminho, recebeu uma ligação de Dante.

O reencontro deles aconteceu em um museu particular.

O museu havia recebido uma obra original de um mestre antigo. A informação tinha vindo de Dante, e foi justamente por isso que Álvaro antecipou seu retorno.

Ao ver a obra de perto, Álvaro ficou plenamente satisfeito.

Depois, os dois sentaram no pequeno pátio interno do museu para tomar chá e conversar.

— Você ainda é o neto mais atencioso, sabe exatamente do que eu gosto. — Comentou Álvaro.

— Eu nem fui buscar você no aeroporto. Não acho que isso seja sinal de atenção. — Respondeu Dante, num tom calmo.

— Não tem problema. Você não é meu único neto. Henrique foi me buscar. Ele e Luana foram juntos, esses dois também são bem cuidadosos.

A mão de Dante, que segurava a xícara, parou por um instante.

— Foram juntos? — Perguntou, sem demonstrar expressão.

Luana não tinha dito que ia contar tudo ao avô?

A imagem de uma mulher cruzou brevemente pela mente de Dante.

— Não.

Álvaro olhou pro neto, tão frio, tão apático, e sentiu uma pontada no peito.

O maior arrependimento de sua vida era ter mandado Dante de volta pra família Siqueira quando ele tinha sete anos.

Antes disso, apesar da frieza natural que já carregava no temperamento, ele ainda era um menino alegre e adorável.

Depois que a família Siqueira o levou, eles só se reencontraram um ano depois.

Quando se reencontraram, Álvaro mal reconheceu o próprio neto.

Aquele menino doce e cheio de vida parecia ter sumido. No lugar, havia uma criança de olhar frio, sem expressão, como se tivessem apagado todas as emoções dele.

Aquilo não era o comportamento de uma criança normal.

Mas, ainda assim, ele só tinha oito anos, ainda não estava totalmente perdido.

Álvaro o puxou para um abraço, e o menino, com os olhos marejados, finalmente chorou, cheio de mágoa.

Mas era teimoso demais.

Álvaro perguntou o que tinha acontecido, mas ele não respondeu uma palavra. Tentou segurar seu rosto, ver de perto aquela carinha sofrida, mas o garoto se afastava com toda a força que tinha.

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