Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 180

— Entendi.

— Senta.

Só então Luana se sentou. Pensou em algo e perguntou:

— Sr. Dante, se o Samuel não tivesse feito a festa no iate, você teria ido atrás dele mesmo assim?

Dante olhou pra ela:

— Sim.

Ele realmente estava usando Samuel como peão.

— Você se arriscou por minha causa, colocou o Samuel numa roubada. E se ele perceber, será que vai ficar chateado com você?

— Não vai. — Disse Dante com indiferença.

Luana entendeu que a relação entre eles era forte demais pra isso, então não questionou mais.

O barco balançava no mar, já era quase madrugada. O susto de mais cedo já tinha passado, lá fora a festa seguia animada, mas ali dentro, o silêncio era quase absoluto.

Dante não dava sinal de querer sair dali, então Luana ficou, aproveitando pra digerir tudo que tinha aprendido nessa visita a Cidade G. De repente, uma coisa lhe veio à cabeça.

Quando Dante respondeu “e se fosse”, era pra aquela provocação do Celso, sobre “só se ela fosse sua mulher”.

Luana sentiu que havia algo diferente por trás daquela fala.

Dante, de fato, tinha ido longe demais pra protegê-la.

Enquanto ela pensava nisso, não percebeu o rosto dele ficando cada vez mais vermelho. Quando se deu conta, seu pulso já estava preso pela mão dele, e Dante se inclinou, firme e decidido.

Luana ficou completamente surpresa. Ainda bem que o encosto do sofá estava ali, se não, teria acabado caindo de costas, e aí seria o auge do constrangimento!

Os dois estavam tão próximos que quase não havia espaço entre eles.

— Sr. Dante, você foi drogado?

Dante soltou um gemido abafado.

Provavelmente tinha sido naquela taça de Samuel, a festa era uma bagunça, impossível saber quando tinham colocado alguma coisa ali.

— Vou procurar um antídoto pra você.

— Não precisa, é só esperar passar. — O tom de Dante era ainda mais baixo, carregado de tensão, diferente do costume gelado dele, tinha até algo de sedutor.

Luana tentou se afastar, mas Dante segurou seu pulso com força, os olhos fixos nela:

— Luana.

Ele falou baixinho:

— Sr. Dante, assédio no trabalho infelizmente é comum, mas tive sorte, na nossa empresa as regras são rígidas e os direitos das mulheres sempre foram respeitados.

— E, pelo que conheci de você, acredito no seu caráter. Agora você só quer ficar perto de mim por causa da droga, mas se fosse mesmo me agarrar, seu autocontrole impediria. E se não conseguisse segurar, você me deixaria ir, não pediria pra eu ficar.

— E mais, você mesmo não sente atração por mulher nenhuma. Então não tenho medo. Agora, será que você aguenta ficar tão perto de mim? Quando passar o efeito, aposto que sua mania de limpeza vai te deixar mal.

Dante ficou em silêncio por vários segundos, lutando contra os próprios impulsos, até que finalmente soltou o braço de Luana e se afastou um pouco.

Luana ainda aproveitou para elogiar:

— Sabia que não me enganei com você. Você sempre foi muito racional.

Dante rangeu os dentes e, de repente, segurou o queixo dela, os dedos passando pelo pescoço, exatamente onde Henrique tinha deixado uma marca dias atrás, roçando a pele de leve, de um lado para o outro.

Ele apertou os olhos, escondendo tudo que sentia, e fixou nela um olhar frio e intenso.

— Luana…

No instante em que ele falou, o relógio marcou meia-noite.

O alarme do celular de Luana tocou de repente.

Os dois olharam automaticamente para o aparelho. Na tela aparecia, em letras grandes:

Feliz aniversário de três anos de casamento.