Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 32

Escuro, frio, sozinha...

Luana estava totalmente contra. Olhou para o homem com frieza nos olhos e, sem aguentar, perguntou:

— Você pode me levar de volta? São só uns cem metros...

Por que ele tinha que insistir que ela descesse agora?

Henrique lançou um olhar gélido:

— Vai atrasar.

— Então me deixa pelo menos no centro... — Luana não queria muito, só tinha muito medo de descer e ficar sozinha.

— É para o lado oposto. — A paciência dele já tinha acabado. — Desce.

Luana viu nos olhos dele aquela rigidez fria e implacável, impossível de contestar.

Mais cedo, lá no pé da serra, Henrique chegou atrasado.

Mas quando o assunto era Bianca, ele não perdia nem um segundo.

Antes, ele ainda se preocupava que deixar Luana sozinha ali pudesse irritar o avô, que talvez ligasse cobrando satisfações.

Agora, nem isso parecia importar mais.

Luana já não esperava nada de Henrique, mas nesse momento, o coração dela gelou até ao máximo.

Mesmo entre amigos, ninguém seria tão cruel assim.

Na época em que se casaram, ela sentia até medo de Henrique. Depois de três anos juntos, esse medo tinha sumido.

Mas agora, olhando de novo para os olhos dele cheios de ameaça, o medo voltava com força.

Henrique sempre foi frio com ela, mas teve uma criação rígida e um jeito educado de tratar as pessoas.

Mesmo assim, naquele instante, uma ideia passou pela cabeça dela — se ela se recusasse a sair do carro, talvez ele, por causa da Bianca, fosse capaz de perder o controle. Até de fazer algo contra ela...

Por isso, Luana não era como Júlia, que fazia birra e perguntava manhosa: "E se eu não sair, hein?"

Seria só se humilhar à toa.

Engolindo o nó na garganta, Luana abriu a porta e desceu do carro.

Olhou para Henrique com um vazio no olhar.

Se ele tivesse prestado um pouco mais de atenção, teria visto que ela parecia um gatinho de rua abandonado, tentando segurar a dor nos olhos.

Mas ele já tinha desviado o olhar. Não hesitou nem por um segundo. Pisou fundo e sumiu da vista dela em questão de instantes.

Luana só queria fugir dali. Voltar para sua casa.

Mas não tinha ido dirigindo.

E lá no alto da serra, não dava pra pedir carro assim tão fácil.

Com esse pensamento, um desânimo profundo tomou conta dela.

E, nesse momento, a única luz do quarto de hóspedes também se apagou na escuridão da noite.

Dante apagou a luz e foi dormir. Isso não tinha nada a ver com Luana.

Mas depois de tanta coisa ruim em sequência, algo dentro dela quebrou. As lágrimas escorreram sem fazer barulho.

Ela se encostou no batente da porta e ficou ali, chorando em silêncio.

As lágrimas uma hora acabam, ainda mais no frio da madrugada.

Depois de um tempo, tremendo de frio, Luana enxugou o rosto.

Estava decidida a voltar pro quarto.

Só que, ao levantar a cabeça, deu de cara com uma silhueta alta e imponente, parada bem na sua frente.