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Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 33

Na penumbra, Luana estava completamente envolta pela sombra do Dante, densa como se não deixasse passar nem ar.

No segundo seguinte, uma roupa quente caiu sobre os ombros dela.

Ela sentiu o cheiro do tecido.

Era um perfume amadeirado, frio e limpo, que lembrava pinheiros em meio à neve.

Como ele tinha dado o sobretudo a ela, Dante agora vestia apenas uma camisa preta bem fina. Os botões de punho, cravejados de diamante, refletiam uma luz cortante, exatamente como ele, bastava um olhar mais demorado e o instinto era se afastar.

Nem diante da Lorena Luana tinha chorado. Mas Dante... viu tudo.

Sentia-se envergonhada, humilhada, miserável.

Ainda assim, não saiu limpando o rosto às pressas. Ficou ali parada, olhando para ele com a expressão vazia, enquanto as marcas do choro brilhavam sob a luz amarelada, como cristais prestes a se desfazer.

Dante, pra ela, era um estranho com quem trocou só duas palavras. Alguém difícil de se aproximar e de quem, sinceramente, nem queria se aproximar.

Ela não sabia que rosto fazer, nem o que dizer. Por isso, não reagiu. E esse foi o único tipo de reação possível.

Cinco segundos se passaram.

— Sabe dirigir? — Ele perguntou, tomando a iniciativa.

Luana assentiu.

Ele jogou a chave do carro.

Ela pegou no reflexo.

Quando ergueu a cabeça de novo, viu que Dante já tinha aberto a porta traseira do Bentley e entrado.

Ao passar por ela, aquele cheiro frio voltou, o mesmo que estava no sobretudo.

A mensagem de Dante era clara, ele a levaria para casa.

Mesmo sem intimidade, sem nenhum motivo ou explicação, ele simplesmente a fez de motorista.

Luana olhou para o casaco ainda em seus ombros, depois para a chave nas mãos.

Estava mesmo com frio. Então, ao invés de devolver o casaco, enfiou as mãos nas mangas compridas, apertou o cinto e arregaçou as mangas.

Também queria ir embora dali o quanto antes. Apertou a chave com força, deu meia-volta, entrou no carro e deu partida.

O motor roncou, mas ninguém falou nada.

Para não acordar ninguém da casa, Luana saiu devagar, com cuidado. Só que, ao ganhar mais distância, começou a acelerar sem perceber, mãos e pés em sincronia perfeita, como se cada gesto fosse um alívio.

Depois de duas curvas, uma voz grave e fria soou no banco de trás:

— Mais devagar.

O tom era baixo, mas bastou para pesar o ar.

CAPÍTULO 33 1

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