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Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 656

Só Amanda sabia de tudo sobre Luana. Ela não o bajulava cegamente, e Henrique, em vez de se irritar, passou a achar que ela era corajosa, e por isso confiava nela.

Mulheres eram mais atentas aos detalhes do que homens.

Já o Luís era um idiota completo.

Além do mais, um vexame desses… quanto menos gente souber, melhor.

...

Quando voltou pra mansão, Dona Rosa já estava dormindo nessa hora.

Henrique não gostava de ter muita gente em casa, e a mansão estava completamente vazia. Sem pensar, ele lançou um olhar para o sofá e logo desviou o olhar em silêncio.

Como de costume, foi até o escritório e ficou um tempo lá.

Não tinha jantado, e agora o estômago roncava.

Poderia chamar Dona Rosa, mas não quis. Não queria fazer isso.

Talvez o que realmente quisesse fosse que Luana, como antes, aparecesse pra preparar um lanche pra ele.

O desconforto no estômago aumentava, e seu rosto ficava cada vez mais pálido.

Acabou decidindo aguentar a fome, tomou alguns goles de água fria e resolveu ir dormir.

Mas, sem saber por quê, acabou indo parar no cômodo mais afastado do quarto principal.

O quarto de hóspedes onde Luana dormia.

Era óbvio que o fato de Luana ser Sun o afetara. Caso contrário, não teria vindo até aqui.

Desde que ela saíra da mansão, ele só entrara nesse quarto uma vez, durante o período de reflexão do divórcio. Depois disso, nunca mais.

Mas hoje, de repente, quis ver de novo.

Empurrou a porta.

O ar ali dentro estava agradável. Dava pra ver que Dona Rosa continuava limpando o ambiente com cuidado. Mesmo sendo dono de toda a casa, aquele quarto era um lugar em que ele quase nunca entrava, e a disposição das coisas transmitia uma sensação de estranheza.

Havia tantos cantos dessa casa que lhe eram estranhos, tantos detalhes que nunca reparara.

A penteadeira servia também de escrivaninha.

Ele passou os dedos sobre a superfície, era limpa, sem nenhum traço de poeira.

Dona Rosa tinha um mérito, desde que Luana partira, parecia valorizá-la ainda mais. Assim como ele. Por isso mantinha com tanto zelo tudo o que estava ligado a ela.

Mas se Luana nunca voltasse… todo esse cuidado seria em vão, não seria?

Henrique sempre pensara assim, com uma confiança inabalável. Mas agora, até os pensamentos vinham com uma leve hesitação, uma sombra de insegurança.

Não podia ficar mais nesse quarto.

Porque estava prestes a ser engolido por uma dor sem motivo algum.

Porra...

Por que ele tinha que se sentir tão mal assim?

Henrique voltou pro próprio quarto, lavou o rosto e foi dormir com o estômago vazio.

Há muitos anos não tinha pesadelos. Para ele, pesadelo não era monstro ou terror, era a lembrança sufocante da infância.

— Por que você sempre estraga tudo?

Cecília, altiva e implacável, olhava pra ele de cima como uma soberana.

— Por que é sempre “quase”?

— Não pode se esforçar mais? Até um bastardo faz melhor que você! Onde é que sua mãe vai enfiar a cara, Henrique? Você tem que ser mais focado, mais dedicado, entendeu?

— Se quiser ganhar o presente que tanto deseja, tem que cumprir o que eu mando. Caso contrário, não ganha nada!

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