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Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 657

— Por que está chorando? O presente já está nas suas mãos, então você tem a obrigação de cuidar bem dele! Se estragar, a culpa é sua! Entendeu? É culpa sua! Consegue não errar de novo? Henrique, você sempre me decepciona tanto!

— Por que está doente de novo? Por que não aprende a se cuidar?

— Apanhou do seu pai outra vez? E por quê? Por que foi provocar o Dante? Agora seu avô e seu pai te detestam! Você devia fazer com que eles gostassem de você, não que preferissem o Dante! Por que é sempre tão burro? Fica aí deitado e pensa bem no que fez!

A porta do quarto foi fechada com força por Cecília.

Henrique, com apenas cinco ou seis anos, deitado na cama do hospital, já não se sentia mais injustiçado. O olhar fixo no teto estava cheio de rancor e de ódio por si mesmo.

Ele tinha pendurado Dante numa árvore, quando a família descobriu, o pai o espancou quase até a morte. Acabou hospitalizado com febre alta, e a mãe, ao vê-lo, só o recebeu com broncas.

Henrique achou que não tinha feito direito, e odiava a si mesmo por não ter deixado o Dante morrer pendurado naquela árvore.

Por isso, o fato de ter levado uma surra até sangrar, ter pegado febre alta e estar se sentindo tão mal... tudo aquilo era, pra ele, o castigo merecido por não ter feito bem o bastante.

Henrique aceitou tudo em silêncio, com tranquilidade.

Ficar doente significava que tinha cometido erros, então era natural que ninguém se importasse.

Mas dessa vez a doença foi séria, e ele não teve alta por um bom tempo.

Um dia, a porta se abriu.

Achou que fosse a enfermeira.

Afinal, tinha desapontado a mãe, não merecia seu carinho, e o pai só se importava com o bastardo do Dante.

Se ele mesmo tinha errado, por que o pai viria visitá-lo?

Mas quem entrou foi o próprio Dante, com o pulso ainda enfaixado.

Aquele bastardo ainda tinha coragem de aparecer?

Depois de tudo o que apanhou?

Não tinha medo de levar outra surra?

O menino disse que queria deixar o passado pra trás e ser amigo dele.

Quem se aproximava de repente fingindo afeto, era mentiroso.

E as recompensas nunca duravam muito.

Depois dos elogios, vinham críticas mais duras e exigências maiores.

— Acha que basta vencer uma vez? Está longe de ser o suficiente! — Cecília o encarou friamente. — Tirar o primeiro lugar e daí? Você tem que abrir uma distância maior do segundo!

Manter o amor de alguém era ainda mais difícil.

Quem amava o tempo todo só tinha mais autocontrole pra enganar você até amolecer seu coração.

E bastava o coração amolecer para vir o interrogatório, ainda mais cruel:

— Você não fez nada direito, entendeu? Do que está tão orgulhoso? O que tem aí pra se gabar?

Quando Dante voltou pra Cidade J, Henrique achou que o pesadelo tinha acabado. Mas Cecília só ficou pior.

— Se o Dante estivesse aqui, você ainda seria o primeiro? Desta vez quero que a diferença pro segundo seja ainda maior!

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