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Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 664

Quando o desejo de afeto não é correspondido, é natural que a pessoa comece a buscar isso em outro lugar.

Dante, hoje, parecia estável, mas ele mesmo admitia que também gostava da sensação de liberdade. Era algo instintivo, comum a qualquer ser vivo.

O olhar dele pousou sobre Luana, que havia feito a pergunta:

— Quando eu sentia vontade de me afastar de tudo, a velocidade era o meu vento. Onde o vento ia, eu podia ir junto.

Fez uma pausa, pensativo e completou:

— Ou talvez... é porque a velocidade e a adrenalina são naturalmente fascinantes. Quando algo te cativa, basta um olhar pra se apaixonar, sem precisar de razão nenhuma.

Era uma resposta quase poética, e verdadeira. Todo mundo, em algum momento, sente vontade de escapar do peso da rotina.

Luana ergueu uma sobrancelha, rindo:

— Os laços de sangue são mesmo curiosos. Júlia gosta de corrida pelos mesmos motivos que você. Ouviu o som do motor e se apaixonou, também sem explicação nenhuma.

A arrogância dela lembrava Henrique, enquanto a busca por paixão e velocidade era idêntica à de Dante.

Luana achou a coincidência estranha, raramente fazia qualquer ligação entre Júlia e Dante.

Para Júlia, irmão sempre significava Henrique, nunca Dante.

Ela estava prestes a mudar de assunto, querendo perguntar por que Júlia parecia ter tanto medo dele.

Mas Dante a fitou com um olhar profundo e disse de repente:

— Mas o motivo de ela gostar de você, esse tem uma explicação.

Luana se sobressaltou. Olhou pra ele, e, aos poucos, seus olhos se arregalaram, tomada de espanto:

— Então você sabe que eu sou…

— Sei.

Luana ficou chocada:

— Como você descobriu isso?

O automobilismo não tinha nada a ver com sua vida cotidiana, ela nunca demonstrara interesse por esse tipo de coisa.

— Como você percebeu? Me seguiu hoje à noite? Não, espera... por que teria me seguido? — Perguntou, semicerrando os olhos, agora tomada pela curiosidade. — Fala logo!

— Lembra do dia em que você chorou? — Perguntou Dante.

Luana chorou poucas vezes na frente dele, mas se fosse algo ligado à corrida... Ah, sim. Naquela noite, na casa da família Ribeiro.

O avô havia organizado um jantar para receber Dante, recém-chegado ao país.

Henrique a deixou sozinha no alto da montanha, no meio da escuridão.

Assustada, ela acabou voltando correndo e, já no pátio da frente, desabou em silêncio, chorando.

Já passava das duas da manhã quando Dante desceu as escadas, dizendo que ia embora. Como eram vizinhos, ela se ofereceu pra levá-lo.

Naquele trajeto, ela dirigiu rápido.

E ele a mandou parar.

Lembrava-se de ter sentido o olhar dele fixo em cada movimento seu ao volante.

— Então você já tinha certeza naquela época? — Luana perguntou, surpresa. Era impressionante o quanto ele prestava atenção aos detalhes.

O que era pra ser uma surpresa pra ele acabou virando uma surpresa pra ela mesma.

Seus olhos brilharam:

— Por que não me contou?

— Porque saber já era o suficiente pra mim. — Respondeu ele.

Desde que voltara ao país, soubera que ela estava se divorciando de Henrique. E quando descobriu que Luana era a piloto que ele admirava há tanto tempo, algo dentro dele simplesmente se abriu.

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