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Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 685

Henrique sempre foi indiferente por natureza. Desprezava as emoções comuns, até zombava delas.

Lucas não respondeu à pergunta anterior, perguntou outra:

— Por que você quis se casar com a Luana?

Tudo voltou ao ponto de partida.

Henrique nunca dissera isso a ninguém. Sempre evitou a questão.

Mas agora, não tinha mais pra onde fugir.

Na verdade, muitas coisas nem precisam de motivo.

Ele simplesmente quis casar com ela.

Talvez fosse o dia em que a conheceu, o tempo estava bom na praia.

Talvez porque, ao tirá-la da água e vê-la abrir os olhos, sentiu-se melhor por ter salvado alguém…

De qualquer forma, quando Luana confessou seus sentimentos, ele zombou por dentro, imaginando que ela fingia ser apaixonada só pra enganá-lo.

Mas, mesmo assim, não chegou a expulsá-la.

Quis ver até onde ela iria com a farsa.

E, pouco a pouco, acabou permitindo que Luana entrasse na sua vida, por meses.

Tornou-se sua única exceção. Depois... acabaram se casando.

Por não conseguir acreditar que alguém pudesse amá-lo incondicionalmente sem que ele fizesse nada por merecer, Henrique teve certeza de que, cedo ou tarde, ela o odiaria e o deixaria.

Então, no próprio dia do casamento, entregou-lhe um acordo de divórcio.

Ele acreditava estar no controle, acima de tudo, enxergando o jogo de Luana e se protegendo de qualquer ferida.

Mas o resultado... resultado...

No fundo, Henrique estava tomado por uma dúvida amarga, sua própria negação...

Mas depois de reviver tudo na memória, finalmente teve a resposta.

Desde que começou a entender o mundo, Henrique nunca imaginou que se casaria. Se alguém tentasse forçá-lo a um casamento arranjado, ele quebraria tudo.

Quem cresce sendo oprimido não suporta ser controlado, por isso, ninguém pode interferir nos pensamentos dele, nem nas suas escolhas.

Ele achava-se um homem incapaz de viver um casamento. Mesmo assim, enquanto os amigos ainda se divertiam livres, ele se casou cedo, e de forma voluntária.

Isso já dizia muito.

Se não fosse por gostar dela, o que mais poderia ser?

Talvez, no começo, fosse apenas gosto, não amor.

Mas, depois de três anos de convivência, amou sem perceber.

Ser odiado, ignorado, humilhado, isso era Henrique.

Que família, que poder, que prestígio... No fundo, ele era só um cão sujo e inferior. Ninguém o amava, esse era o seu destino.

Então que apodreça de vez.

Cobriu o rosto com as mãos. As lágrimas escapavam pelos dedos.

Ele chorava, mas, de repente, começou a rir sem conseguir se conter, como um louco.

Era a primeira vez que Lucas via Henrique daquele jeito, sem mais ironia, apenas com um nó de tristeza e preocupação.

Amanda tinha os olhos vermelhos, incapaz de continuar assistindo.

Ninguém sabia quanto tempo tinha passado, mas Henrique parecia ter se recuperado:

— Vamos.

Lucas perguntou:

— Pra onde?

Henrique olhou em direção à praia:

— Buscar a Luana.

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