Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 147

Mariana apressou-se e disse:

- É Patrícia, basta procurar por Patrícia. Pelo menos temos João, ameace-a com João, ela com certeza vai devolver Diego.

Teófilo parou e se virou para olhar Mariana, seus olhos expressavam uma mistura de emoções.

- Teófilo, eu...

- Mariana, às vezes eu me pergunto o que passa pela sua cabeça.

Teófilo se inclinou para sussurrar baixinho no ouvido dela.

- Se não fosse por Hélio, eu realmente consideraria abrir sua cabeça para ver.

A voz sombria assustou Mariana, fazendo-a tremer. Ela olhou para Teófilo com medo, mas encontrou apenas raiva nos olhos dele, como se estivesse prestes a incendiar tudo.

Aquele homem estava à beira de explodir, usando toda a força para se conter, mas seus olhos não escondiam o desprezo e a raiva por ela.

- É melhor você rezar para que eles estejam bem, senão mesmo Hélio saindo de seu caixão não salvará o Vasco!

Teófilo desapareceu da sala e o ar de opressão começou a se dissipar gradualmente, tornando o cômodo muito mais leve.

Mariana estava coberta de suor frio em suas costas e se sentou impotente em uma cadeira. Será que não foi Patrícia que causou isso?

O que aconteceu com seu filho?

Teófilo estava diante de um mapa, e Gabriel analisou:

- A área próxima é um arquipélago com mais de trezentas ilhas listadas e muitas outras ilhas não catalogadas.

- Vamos excluir as ilhas mais habitadas e procurar por ilhas remotas, íngremes e com recursos escassos. Lembre-s que não queremos alertar ninguém, então use drones para a busca, sem fazer barulho.

- Entendido.

- As impressões digitais nas balas foram extraídas?

Gabriel respondeu com pressa:

- Sim, foram extraídas e comparadas com o banco de dados, mas ainda não encontramos correspondências.

- Se não conseguimos as impressões digitais, vamos tentar rastrear as balas e a NK23. Vá perguntar no mercado negro, pois essa arma é rara nos dias de hoje.

- Sim, Sr. Teófilo.

- Me diga, por que você subiu a bordo do barco na noite passada? - O homem perguntou.

Patrícia não sabia quem eram aquelas pessoas, mas ela sabia uma coisa: o inimigo do meu inimigo é meu amigo.

- Pelo bem desse garoto.

- Pelo que sei, você não é a mãe dele, nem a babá. Por que arriscaria sua vida por uma criança que não é sua?

- Uma criança que não é minha? - Patrícia sorriu com frieza. - Para ser mais precisa, é o filho da minha inimiga.

Antes que o homem pudesse continuar perguntando, Patrícia começou a contar sua história:

- Há dois anos, eu tinha uma família feliz, um marido amoroso, até que outra mulher apareceu. Ela ficou grávida do meu marido, e naquela noite de neve há um ano, ela me empurrou de um cruzeiro enquanto eu estava grávida. Eu perdi meu filho e meu marido, meu pai ficou em estado vegetativo, minha família faliu. Ela se tornou a Sra. Amaral e estava celebrando o aniversário do filho dela.

Patrícia falou com ódio nos olhos e o homem não esperava ouvir toda essa história dramática por uma frase casual.

- Você é...

Patrícia fechou os olhos e disse palavra por palavra:

- A ex-esposa de Teófilo.