Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 148

Um riso sarcástico ecoou em seus ouvidos.

- Dizem que Teófilo é fiel e constante há uma década, mas ninguém menciona que ele tem uma ex-esposa.

Patrícia apertou os dedos com força, sua expressão era triste.

- Para ele, eu era apenas um brinquedo descartável, alguém cuja existência ele não queria que fosse conhecida. Ontem à noite foi o aniversário do meu filho prematuro que faleceu. Eu embarquei em segredo para tentar levar Diego comigo, mas não esperava que vocês chegassem antes.

- Seu filho já se foi, por que raptar o filho de outra pessoa?

Patrícia respondeu palavra por palavra:

- Para que o filho dele possa acompanhar o meu no descanso eterno! Você sabe como tem sido meu ano? Noites de insônia, sempre que fecho os olhos, lembro daquele momento na sala de cirurgia. Eu...

Ao chegar naquela parte, Patrícia começou a chorar. Suas lágrimas caíram sobre a lâmina fria da faca, escorrendo pelo dorso da mão do homem.

O homem afastou a faca e disse:

- Por que você está chorando? Eu não fiz nada com você!

Patrícia, tomada pelo desespero, não se importou com a identidade do homem e começou a acusar Teófilo de suas falhas.

Do lado de fora da porta, Danilo segurava uma folha na boca e murmurou ao ouvido de Douglas:

- Ei, será que o chefe se interessou por aquela mulher? Ele a guardou a noite toda!

- Bobagem, o chefe Marcos nunca viu uma mulher? Eu sinto que ele acha que ela é suspeita e tem medo que ela fuja, por isso a está vigiando.

- Se for suspeita, bastaria alimentá-la com peixe na noite passada. Além disso, poderíamos apenas amarrá-la. Ele precisava guardá-la a noite toda sem dormir? Ele está definitivamente apaixonado à primeira vista. Para ser sincero, nunca vi uma mulher tão bonita.

- A mulher deve estar acordada agora. Vamos dar uma olhada. Talvez o chefe está questionando ela agora. Espero que ele não a tenha torturado demais.

Os dois cobriram seus rostos com máscaras e abriram a porta, mas a cena que viram os deixou chocados.

O chefe deles, normalmente dominante, estava ali de pé perto de cama, inseguro, tentando consolá-a.

Douglas tentou ser mais gentil, tirou um coelho de palha de seu bolso e o colocou na frente de Patrícia.

- Aqui, pare de chorar. Você pode brincar com o coelhinho.

- Você acha que ela é uma criança para ser acalmada assim? - Danilo deu um tapa na cabeça de Douglas.

Patrícia olhou para os dois jovens, que pareciam ter uns doze ou treze anos, usando máscaras. Era evidente que eram um tanto tolos, mas a maneira como seu chefe a tratava havia mudado completamente, parecia que era uma boa pessoa.

Então, eles levaram Diego? Por quê?

Patrícia parou de chorar, olhando o homem ao lado de cama com lágrimas.

Ele era alto e usava uma meia máscara que escondia seu rosto, revelando apenas seus lábios finos, deixando transparecer suas emoções.

Patrícia tentou perguntar:

- Aquele criança tirou a vida do meu filho, sinto um ódio profundo por ele. Será que vocês poderiam me entregar a criança?