Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 237

Patrícia, percebendo a situação desfavorável, apressou-se em explicar:

- Após examinar os documentos, notei algumas questões. Aqueles documentos não provam diretamente que meu pai matou sua irmã. Não há evidências materiais nem testemunhas, apenas suposições de um possível motivo.

Com um estrondo, Teófilo virou a mesa, fazendo com que pratos e copos caíssem no chão.

Seu rosto não exibia mais nenhum sorriso, em vez disso, havia um frio intenso, como o do Teófilo de três meses atrás.

Sem esperar que Patrícia explicasse mais, ele se levantou, olhando para ela de cima com uma opressão dominante.

- Primeiro, fiz um teste de DNA no corpo. Sem dúvida, era minha irmã. Além disso, o feto em seu ventre foi comparado ao João, confirmado como parente dele. Além disso, investiguei o período anterior à morte de Rafaela. Todos os registros de chamadas, apontam para João como a pessoa mais próxima dela. Por último, a única pessoa que a viu antes de sua morte foi João. Quem mais poderia ser? Você quer testemunhas? Quer que seu pai acorde ou que os mortos falem?

Patrícia olhou para o rosto gélido de Teófilo, percebendo que Rafaela ainda era uma espinha cravada nele.

Ela pensou que seu relacionamento com Teófilo tinha melhorado, mas agora via que ela não estava acima de Mariana, nem de Rafaela, no coração dele.

Ela gurdou em silêncio a verdade que estava prestes a sair da sua boca. Temia que, mesmo que dissesse a verdade, Teófilo não sentiria pena, achando que ela estava protegendo João.

Ela abaixou a cabeça e não explicou mais.

- De qualquer forma, eu acredito no meu pai.

Essa afirmação enfureceu Teófilo, acendendo o gatilho de seu ódio. Ele rugiu:

- Então vá embora!

Patrícia saiu batendo a porta, percebendo que entre ela e Teófilo havia um impasse.

Sem Mariana, Rafaela continuaria sendo o espinho entre eles.

Patrícia saiu do hotel e olhou para o alto edifício que se erguia.

Ela sabia que Teófilo estava na varanda fumando.

Ele estava sozinho, expelindo fumaça. Ela nem sequer conseguia ver sua figura.

Dessa vez, era apenas ele.

- Lucas, peça a senhora para voltar. Sr. Teófilo está louco!

Assim que ouviu a menção de sua esposa, seu olhar focou. Ele olhou para os cacos e para o sangue em suas mãos, percebendo o que tinha feito.

- Não a chame!

Ele não queria que Patrícia o visse naquele estado terrível, meio humano e meio monstro.

Gabriel suspirou de alívio.

- Sr. Teófilo, talvez seja melhor procurar o Dr. Arthur. Se continuar assim, você vai se matar.

Teófilo balbuciou:

- Gabriel, você acha que, se eu morrer, verei Rafaela de novo?

- Sr. Teófilo, se você morrer, nunca mais verá a senhora.