Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 236

Patrícia se sentiu arrepiada com o olhar dele. Ela tossiu suavemente.

- Ontem, fui ao seu escritório e vi uma faxineira.

Teófilo pensou que ela diria algo mais suave, mas ficou surpreso com a menção de alguém irrelevante.

- Patrícia, você suspeita que eu e a faxineira tenhamos algo? - A voz de Teófilo tinha um toque de raiva.

- O que você está pensando? Apenas achei estranho que houvesse alguém fazendo a limpeza em um lugar tão importante como o seu escritório durante o expediente.

Teófilo respondeu de modo casual.

- Maia mora longe da empresa, ela precisa sair mais cedo para valtar para casa. Às vezes ela faz uma limpeza com antecetência enquanto estou trabalhando. O que? Você não se importa com Mariana, mas está preocupada com a faxineira?

- Desde quando o Grupo Amaral faz caridade?

Teófilo cortou um pedaço de carne enquanto respondeu:

- Maia é diferente, ela salvou minha vida uma vez, dar-lhe alguns privilégios não é nada importante.

- Quando? Como eu não sabia disso! - Patrícia largou o garfo e a faca.

- Você está se importando comigo? - O rosto tenso de Teófilo se suavizou, ganhando um sorriso. - Foi há alguns anos, havia algumas pessoas me emboscando no estacionamento subterrâneo, alguém estava tentando me atropelar, e foi Maia quem me empurrou para fora do caminho.

Patrícia franziu o cenho.

- Com sua agilidade, você deveria ter escapado.

- Naquele dia, algo realmente distraiu minha atenção.

- O que aconteceu?

Teófilo olhou para o rosto de Patrícia e disse com paciência:

- Era o seu aniversário, então eu mandei fazer um bolo personalizado.

Patrícia entendeu de imediato. Naquela época, Teófilo a havia mimado completamente.

Ela havia insistido em ter um bolo personalizado do Reino das Sobremesas. Além dos ingredientes caros, o bolo tinha uma forma especial.

Um bolo custava cem mil reais, era mais uma obra de arte do que um bolo.

Quando Teófilo lhe trouxe o bolo, era como um cisne de cristal com os pescoços cruzados no lago, mas a cabeça de um dos cisnes havia caído sobre o bolo.

Ela não reclamou, mas sentiu que era um mau presságio.

Teófilo a puxou de volta para a cadeira.

- Tudo isso já passou, eu já eliminei essas ameaças.

Naquele momento, Patrícia teve um pensamento estranho. Talvez, durante o tempo em que ele estava escondido dela, ele estava tentando evitar envolvê-la em problemas.

Às vezes, a escuridão pode ser uma forma de proteção.

Mas assim que ela se lembrou em Mariana, ela rapidamente afastou esse pensamento.

- Maia estava passando por ali quando terminou o trabalho. Ela me salvou a tempo, mas feriu a perna no processo. Até hoje, ela não se recuperou completamente. Eu planejava retribuir, comprar uma casa para ela se aposentar, mas ela estava disposta a continuar fazendo a limpeza. Então, deixei-a fazer.

- Entendi. Teófilo, na verdade, tenho algo a lhe dizer.

- Diga.

- Você já considerou que talvez não tenha sido meu pai quem matou sua irmã?

Mal as palavras saíram de sua boca, o ambiente agradável do momento anterior desapareceu. Teófilo jogou faca e garfo com força na mesa, com um sorriso irônico no rosto.

- Patrícia, esse é o seu objetivo ao tentar se aproximar de mim?