Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 312

Mencionar Patrícia fazia Luciana recuar seu sorriso, respondeu:

- Sr. Teófilo, sua imaginação é realmente fértil. Por que você não escreve romances?

- Ouvi dizer que ontem à noite você teve um bom apetite.

Luciana retrucou:

- Não é permitido para alguém que trabalha até tarde ter uma refeição decente?

Teófilo continuou:

- Antes disso, você estava vivendo como um zumbi, mal tinha apetite, e ontem comprou até um vestido novo.

Luciana tentou argumentar, mas viu os olhos penetrantes dele fixos nela, como se já tivesse desvendado tudo.

- Me conte, você viu Paty?

O tom dele não era de curiosidade, era de certeza.

Luciana bateu na mesa com fúria.

- Você está louco? Você lembra até o que eu como todos os dias, como não anotou quando estou menstruada ou com prisão de ventre?

Teófilo suspirou, surpreendendo Luciana. Ele, o homem orgulhoso, estava suspirando.

- Luciana, você sabe tudo sobre Paty. O sequestro dela não era o que eu queria ver. Estive procurando por ela todos esses dias. Se tiver alguma informação, peço que me conte.

O homem que estava sempre acima dos outros estava abaixando a cabeça.

Luciana desejou poder sair e verificar de que direção o sol estava nascendo hoje.

Teófilo falou de novo:

- Apesar de eu e a Paty termos nos separado, eu ainda a amo e quero protegê-la. Além de mim, há alguém também procurando por ela. Ela está em perigo lá fora.

- Você quer dizer as pessoas que a sequestraram?

- Sim, é uma organização internacional muito perigosa, sem misericórdia. Se Paty cair nas mãos deles, o desfecho...

Luciana recobrou sua compostura, pensou por um momento e respondeu:

- Na verdade, eu nunca a vi em pessoa, mas sei que ela esteve aqui.

- Se você não a viu, como pode ter certeza de que ela esteve aqui?

Luciana pegou uma folha amassada da sua bolsa e a desdobrou, dizendo:

- Você deve reconhecer a caligrafia.

Nela havia apenas uma palavra: Cuide-se.

Ao ver a palavra, os olhos de Teófilo arderam.

Sob o impacto, tanto físico quanto mental, o corpo de Juliana estava se deteriorando rapidamente. Quando Teófilo chegou, ela se esforçou para sorrir, dizendo:

- Teófilo, você veio.

Teófilo não sentia uma conexão profunda com ela, mas ela era a mãe biológica de Patrícia. Ele não conseguia evitar sentir um certo desprezo ao vê-la.

Ele reprimiu esses sentimentos e perguntou:

- Como você está?

- Não há esperanças. - Juliana deu um sorriso triste. - Isso é um castigo para mim. É minha culpa por ter abandonado Patrícia.

A enfermeira empurrou um carrinho para dentro.

- Senhora, está na hora da consulta de rotina.

- Está bem.

Teófilo estava prestes a sair quando a enfermeira abriu a caixa e pegou um relógio de pulso infantil.

- De quem é esse brinquedo? - A enfermeira disse.

Juliana viu o relógio e seu rosto mudou em um instante.

- Paty!