Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 371

Patrícia permaneceu ao lado de Teófilo, pois assim ele poderia protegê-la. Além disso, Rafaela nutria um ódio profundo por ela e se ela partisse, Rafaela poderia se acalmar. Patrícia planejava usar Teófilo para atrair Rafaela.

Mas ela ainda não havia contado a ele sobre a situação de Daniel, que era, na verdade, Luiz. A situação ainda não estava clara, Patrícia estava segurando uma carta na manga.

Pelo menos, seu pai estava seguro nas mãos dele, aguardando a cirurgia. Patrícia não queria irritá-lo num momento delicado.

Depois de dormir o dia todo, ela não conseguiu encontrar sono durante a noite.

O celular de Daniel continuava fora de alcance. Patrícia, agindo como se não soubesse sua verdadeira identidade, enviou várias mensagens para ele.

Além dele, havia também Marcos, cujo paradeiro ainda era desconhecido.

Às duas da manhã, ao buscar água, ela viu a luz acesa no escritório de Teófilo, que também não tinha sono.

Antes, ela teria preparado um lanche para ele, mas agora ela apenas pegou água e voltou para o quarto, mantendo-se distante de Teófilo.

Na manhã seguinte, ela foi para o hospital escoltada por seguranças. Patrícia prometeu a Juliana que a visitaria com frequência, mas tinha seus próprios motivos.

Pedro parecia não descansar bem e estava cada vez mais exausto. Patrícia o chamou baixinho:

- Sr. Pedro.

Pedro, perdido em pensamentos, finalmente levantou os olhos para ela.

- É você. Pode passar um tempo com Juliana e animá-la um pouco.

- Claro, Sr. Pedro. E quanto à investigação sobre o centro de pós-parto?

Pedro suspirou antes de falar devagar:

- Patrícia, os resultados não são animadores. O centro pós-parto não existe mais.

- Não existe mais? Mesmo que o dono tenha parado de operar, não deveríamos conseguir encontrar os registros?

Pedro balançou a cabeça.

Onde estavam seus pais biológicos? Será que eles também foram enganados?

- Paty, não se preocupe. Mesmo que não encontremos a filha biológica de Juliana, talvez a medula de outra pessoa possa ajudar.

- Doar medula não é como doar sangue. Poucas pessoas estão dispostas a doar partes de seus corpos.

Pedro estava exausto e Patrícia viu nele uma sombra de João.

Ela deu tapinha nos ombros dele e consolou-o:

- Sr. Pedro, cuide-se. Se você desanimar, Sra. Juliana perderá sua última razão para viver.

Ao ver o gesto amável, Pedro suspirou profundamente ao pensar em Mariana, apertou a mão de Patrícia e disse:

- Se ao menos você fosse minha filha.

Antes que Patrícia pudesse responder, a porta foi arrombada.