Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 437

Teófilo não estava apenas fazendo um show, ele sabia que devia a Pedro e Patrícia, o que o motivava a ajudar Pedro da melhor maneira possível.

Nunca em sua vida ele se dedicou a cuidar de alguém, mas quando se tratava de Pedro, ele estava totalmente comprometido, dedicando todo o seu tempo a ele.

Trabalhou em casa por uma semana inteira, quase todo o seu dia era gasto cuidando de Pedro. Desde o início, quando Pedro mal conseguia articular uma frase completa, até agora, onde sua comunicação estava melhor. Embora ainda lenta, pelo menos, a comunicação não apresentava grandes obstáculos.

E aos poucos, os afundamentos em seu rosto estavam se preenchendo, as melhorias eram visíveis.

Enquanto segurava a mão de Teófilo, Pedro disse:

- Teófilo, não se preocupe apenas comigo, preste atenção em Paty também. Não a negligencie.

- Pai, fique tranquilo. Não vou favorecer um em detrimento do outro. Você precisa de cuidados e Paty também.

Sempre que Teófilo dizia algo assim, Patrícia sentia repulsa.

Ele ignorava completamente a expressão dela, se dedicando aos cuidados das mãos de Patrícia após atender às necessidades de Pedro.

Naqueles momentos, Patrícia permanecia sem expressão, olhando fixamente para fora da janela, como uma boneca sem alma, suportando os tratamentos sem reação.

Teófilo era uma pessoa obstinada e a tranquilidade aparente era apenas superficial. Patrícia podia prever que, quando Rafaela causasse problemas novamente, ela seria a primeira a sofrer.

Ele usava Pedro para restringir a liberdade dela, mantendo-a ao seu lado, impotente.

Ela apenas se preocupava com a promessa de doar um rim para Simão, como isso seria afetado?

Quando o terapeuta saía, Patrícia se sentava na beira da cama, com os pés balançando.

Teófilo, ajoelhado, calçava seus chinelos, dizendo:

- Paty, sei que há coisas que não podem ser desfeitas. Mesmo se você matar Rafaela agora, Isabela não voltará.

- Eu não me importo se Isabela volta ou não. Eu só quero matar ela e me vingar de tudo que sofri!

- Paty, eu prometo que durante esta vida não permitirei que Rafaela faça algo perigoso contra você. Ela está apenas doente e é por isso que tem hostilidade em relação a você. Já providenciei um psicólogo para tratá-la. Em vez de a matar, não seria melhor que ela se arrependesse sinceramente e pedisse desculpas a você?

- Pedir desculpas? - Patrícia segurou com firmeza sua lapela. - Algumas palavras de desculpas podem mudar o quê? Elas podem trazer Isabela de volta à vida ou apagar todas as dores que vivi? Teófilo, eu te digo, a menos que me tranque para sempre, sempre que houver uma oportunidade, revelarei todas as evidências. Farei com que o mundo inteiro saiba que Rafaela é uma assassina, e você, querido irmão dela, está a protegendo e se sujando junto com ela!

Ao ver a raiva estampada no rosto de Patrícia, Teófilo a abraçou com força, repetindo:

- Desculpe, Paty, é tudo minha culpa. Você não deveria ter se tornado assim.

- Quem me transformou nisso foi você, Teófilo. Eu te odeio! Você e sua irmã merecem morrer.