Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 465

À medida que o clima esquentava gradualmente, os vaga-lumes também começavam a se movimentar, pontilhando a serena noite com pequenos pontos de luz.

Às vezes, uma brisa fresca soprava e Patrícia espirrava.

Teófilo finalmente se endireitou, segurando um frasco de vidro enquanto se aproximava dela.

Ele provavelmente já estava caçando há um bom tempo e havia cerca de uma dezena de vaga-lumes dentro do frasco.

Embora não fosse tão espetacular quanto na ilha, a cintilante luz dentro do vidro era bastante bonita.

- Está com fome? - Teófilo naturalmente estendeu o frasco, mas Patrícia não o pegou.

Ele o pendurou rapidamente na entrada da barraca e então tirou o próprio casaco para colocar sobre Patrícia.

- Embora a temperatura tenha subido recentemente, faz frio nas montanhas. Você mal comeu no jantar, está com fome, não está? Veja o que preparei para você.

Patrícia franziu a testa e o encarou friamente:

- Por que me trouxe para um lugar assim?

Teófilo segurou a mão dela e a levou até a mesa:

- Pode haver uma chuva de meteoros esta noite. Me lembro de você mencionar que gostaria de presenciar uma chuva de meteoros.

No passado, a jovem Patrícia tinha um coração cheio de romantismo, ansiando por tudo o que fosse belo.

Para a Patrícia daquela época, esperar por uma chuva de meteoros com seu amor deveria ter sido o momento mais feliz de sua vida.

No entanto, Teófilo costumava ser muito ocupado e frequentemente faltava aos encontros.

Patrícia costumava sorrir para ele nessas situações:

- Não faz mal, temos toda uma vida pela frente, podemos esperar devagar, sem pressa.

Quem imaginaria que a vida era tão imprevisível e o que ela pensava ser toda uma vida era apenas alguns anos.

Olhando para a mesa cheia de ingredientes frescos e a fumaça subindo do churrasqueira, o céu acima estava decorado com muitas estrelas e pequenas lâmpadas em forma de lua.

- Eu só peço para nunca mais nos encontrarmos.

Mesmo o ódio estava envolto em uma complicada mistura de emoções e ela não queria mais nenhuma conexão com esse homem.

Teófilo prendeu a respiração, abriu a boca e proferiu:

- Você me odeia tanto assim?

- Sim, sinto apenas repulsa por você.

Uma rajada de vento fez a lâmpada de acampamento pendurada na barraca balançar, sua luz amarelada cintilando.

- Lembra dos dois anos passados? Naquela época, o quanto você me odiava, agora é o quanto eu te detesto. Este sentimento só aumenta, Teófilo. Entre nós, há traição, há enganos, há ódio, há arrependimento, mas definitivamente não há mais amor. Este rosto seu, só de olhar um pouco, causa náusea. - A voz de Patrícia soou nos ouvidos dele e o corpo de Teófilo estremeceu.

Aparentemente, agora ele experimentava a sensação de ferir Patrícia no passado.

Essas palavras eram como uma lâmina afiada. Mesmo que não se visse sangue, podiam apunhalar a alma, causando uma dor insuportável.