Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 47

Ele continuou a caminhar até chegar ao carro, sem nunca olhar para trás.

Patrícia, que foi deixada para trás, permaneceu deitada no chão sem movimento.

Embora os efeitos colaterais da quimioterapia tivessem diminuído consideravelmente desde o início, seu corpo ainda estava muito debilitado.

Após se jogar com tanta força, parecia que tinha quebrado todos os ossos.

Gabriel e os outros se despediram de Teófilo.

Antes, havia também a Maria. Porém, após a partida dela, a mansão estava vazia.

Flocos de neve caíam do céu e o frio intenso envolvia Patrícia.

Ela sentiu suas mãos e pés ficarem gelados.

Ela pensou: “Alguém me ajude, qualquer pessoa, por favor.”

Sua bolsa não estava muito longe, mas ela nem tinha forças para se virar e pegar o celular.

Ela apenas observou os flocos de neve dançando no ar, enquanto lágrimas escorriam silenciosamente por suas bochechas, e ela sussurrava baixinho:

- 885, 886...

Quando Patrícia chegou no número 1038, começou a sentir que seu corpo estava se acalmando um pouco.

Ela usou a outra mão para se apoiar no chão e começou a se levantar lentamente.

Neste momento, seu corpo estava completamente congelado e seu nariz estava vermelho, mas o carro estava chegando.

Sua mão estava tão entorpecida que ela mal conseguia levantá-la, então ela estendeu a mão e começou a soprar nela.

- Você está com muito frio, não é? Vai para o hospital sozinha? É tão tarde, você deve ter cuidado. Seria melhor ter um parente acompanhando você. Você é tão bonita e ultimamente há notícias de jovens solteiras desaparecidas - Aconselhou o motorista ao vê-la indo para o hospital sozinha tão tarde.

Patrícia abaixou a mão.

O calor do carro começou a aquecer seu corpo lentamente.

Ela olhou para a paisagem passando rapidamente do lado de fora e sorriu levemente.

- Obrigada, motorista, estou bem. Parentes virão em breve.

Ela não tinha mais parentes neste mundo.

Felizmente, nesta hora, Roberto já deveria estar saindo do trabalho.

Isso não era algo pequeno.

Patrícia estava sendo muito cautelosa com o cuidado de seu braço nos últimos dias, a situação de hoje foi completamente inesperada, ninguém poderia tê-la previsto.

Roberto começou imediatamente a examiná-la, felizmente o cateter não havia se soltado, e Roberto suspirou de alívio.

Patrícia disse imediatamente.

- Veterano, por favor, retire-o para mim.

- Removê-lo? Você ainda tem várias sessões de quimioterapia pela frente...

Patrícia olhou nos olhos ansiosos dele e disse com calma:

- Estou desistindo.

- Eu disse que você tem uma base sólida. Depois da cirurgia, há uma grande chance de sobrevivência.

O rosto de Patrícia ficou pálido como um lençol e ela falou com a voz fraca como um fio:

- Veterano, é o fim.