Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 540

Patrícia, que estava saboreando sua sopa, se virou para Suzana quando estava encerrando a ligação, perguntando:

- Aconteceu algo na sua casa?

- Meu irmão teve a perna quebrada quando voltava para casa. Patrícia, eu...

Sem esperar que Suzana terminasse, Patrícia a interrompeu:

- Tire dois dias de folga, vá para casa e veja como as coisas estão. A saúde de irmão é prioridade.

- Obrigada, Patrícia, mas você...

- Aqui, com tantos médicos, empregados e seguranças, todos disposição, o que poderia dar errado? Além disso, vou adiantar seu salário deste mês.

- Patrícia, não é necessário.

- Vá para casa logo. Não precisa ser formal comigo. Vou mandar o Fernando te levar ao hospital.

Patrícia acenou para Fernando, dando a ele instruções para levar Suzana ao hospital e ela o ortopedista com antecedência.

Ela já tinha percebido o interesse de Fernando por Suzana, mas Suzana só tinha olhos para seu colega.

Quanto ao caráter do colega de Suzana, Patrícia não julgava, mas pelo menos conseguia avaliar o caráter de Fernando. Ela decidiu ajudar ele a criar uma oportunidade.

Quando Fernando partiu, Patrícia piscou para ele, fazendo ele antes de sair com pressa.

Patrícia, ao vento e olhando para o mar, acariciava a barriga, distraída.

Maria veio buscar a tigela e a alertou:

- Senhora, parece que vai chover. Vamos para dentro.

Patrícia observava as nuvens escuras que pairavam sobre sua cabeça, presságio de uma tempestade iminente. Se elas desabassem, seria uma chuva torrencial.

- Está bem.

- Venha, eu a ajudo a se levantar devagar.

Patrícia, apoiando a barriga, Maria segurando seu braço, olhou para o ventre que quase se assemelhava ao de algumas mulheres prestes a dar à luz. O rosto de Maria expressava preocupação.

- Esses dois filhos estão fazendo você sofrer. Com apenas seis meses, sua barriguinha já está bem grandinha. O que faremos mais para frente? Os bebês costumam dar um salto no crescimento lá pelo sétimo ou oitavo mês. - Maria disse com preocupação.

O rosto de Patrícia havia ganhado um pouco de redondeza, mas sua cintura continuava fina, como se todo o peso estivesse concentrado na barriga.

Com a certeza de que o irmão de Suzana estava bem, Patrícia relaxou. Pouco depois, Fernando retornou.

Patrícia saboreava a sopa, enquanto perguntava a ele:

- Por que não ficou mais tempo no hospital com ela? Já que os pais dela estão doentes, seria bom ter um homem ao lado para ajudar.

- Senhora, não é que eu não queira. Lá, eu era praticamente um enfeite. Melhor voltar.

- O quê? - Patrícia abaixou a colher. - Explique melhor.

- O tal colega dela ficou sabendo do incidente e apareceu. Estava todo galante e eu só estava atrapalhando.

Mesmo sendo alto e forte, Fernando parecia agora um garoto desanimado.

- Você encontrou o colega dela? Como é ele?

- É apenas um rosto com dois olhos e um nariz.

Patrícia disse sorrindo:

- Você é tão direto, não é de se admirar que tenha dificuldades com as garotas.