Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 980

Embora a garotinha fosse jovem, era evidente que ela tinha um alto status na vila, pois os aldeões que passavam por ela faziam questão de cumprimentá-la.

Gabriel percebeu que eles não estavam simplesmente se dirigindo a uma criança, mas sim, com expressões respeitosas e corpos eretos como se estivessem prestando homenagem, chamavam ela de "senhorita".

A garotinha apenas acenava levemente com a cabeça, continuando sem falar.

O grupo seguiu ela até um bosque de bambus, onde ela fez um gesto para que todos parassem e esperassem.

Ela então entrou no bosque sozinha, que ficava ao lado de um pequeno riacho, sobre o qual havia uma ponte de pedra, dando um ar muito elegante ao lugar.

Não muito longe, havia uma árvore gigantesca, claramente uma velha árvore com mais de cem anos de vida.

Na árvore, estavam penduradas algumas fitas vermelhas, com pequenos sinos amarrados nas extremidades que tilintavam com um "ding-ling" quando o vento soprava.

Embora o local não tivesse uma decoração luxuosa, transmitia uma sensação de grande conforto.

Ivone disse baixinho:

— Será que essa garotinha não sabe falar?

Vítor olhou para ela friamente e disse:

— Cale a boca, ou você nem vai saber como morreu.

Gabriel apontou para um ponto vermelho não muito distante.

Ivone sentiu um arrepio ao ver um par de olhos verde-esmeralda nas costas, era a grande serpente que eles tinham visto na floresta, que os tinha seguido o tempo todo!

Pouco depois, uma mulher idosa de cabelos brancos saiu de uma cabana, e Vítor correu para cumprimentá-la.

— Você é Paloma, não é? Eu sou Vítor, você me salvou uma vez, anos atrás. Você ainda se lembra de mim?

Apesar de sua idade avançada, Paloma era ágil e tinha um olhar claro, sem os sinais comuns de catarata ou surdez associados à velhice.

Ela vestia uma roupa semelhante à da garotinha, e seu longo cabelo branco estava preso por um pino de madeira.

Ela estava cheia de vida e desprendida:

— Vítor, quem diria que quarenta anos passariam tão rápido? Você está igualzinho, como eu disse, você não cresceu nada, hein?

Vítor corou, pois naquela época ele estava gravemente envenenado e tinha um pouco mais de dez anos quando seu professor o trouxe até lá.

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