Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo. Capítulo 40

sprite

Alexander se jogou de costas sobre a cama, a cabeça estava apoiada sobre as mãos e os olhos se estreitaram em direção ao teto branco.

― Eu não quero brigar com você ― reclamou a voz grave. ― Só quero proteger vocês ― puxou-a pelo braço e a trouxe para perto do corpo.

Nicole tocou-lhe o rosto e segurou por entre as mãos.

― Tem outra coisa. ― Deu um beijo de leve nos lábios carnudos. ― Meu pai disse que a Josephiné quer conversar com você sobre a Marcelly. Ela descobriu que você pretende levar a nossa família para morar na França. Acho que a Josephiné vai voltar para Paris.

― Como ela soube? ― Ele arqueou a sobrancelha.

― Eu não sei!

― O Henry deve ter contado.

― Alexander, você tem que parar com essa birra com meu pai.

― Ah! Então, agora ele é o melhor pai do mundo ― retrucou a voz irônica.

Alexander se arrependeu do que disse logo que Nicole saiu da cama.

― Aonde você vai?

― Vou dormir no quarto da Jullie.

Ele passou à frente de Nicole e parou em frente à porta.

― Deixa eu sair, Alexander!

Esticou o braço e tentou girar a maçaneta.

― Amor, volta para cama!

― Estou muito cansada para ficar discutindo com você.

― Quem falou que eu quero discutir? ― Não conteve o riso. Puxou-a pela cintura. ― Vem cá!

Nicole desviou dos beijos, ele roçou a barba por fazer à base do pescoço.

― A Josephiné quer conversar sobre a Marcelly. ― Insistiu Nicole.

Embora ele passasse algum tempo com Marcelly e a trouxesse para ver os irmãos aos fins de semana, ele não estava pronto para se despedir.

― Eu adoraria que ela ficasse aqui, cuidaria dela como se fosse minha filha. ― Nicole o acompanhou até a cama e deitou-se sobre o peitoral dele. ― Você é o único pai que a Marcelly conheceu, não deixe que ela volte para França magoada com você.

― Eu queria que ela ficasse. ― Beijou-lhe o topo da cabeça. ― Esperava que o Henry convencesse Josephiné a ficar no Brasil.

Os dedos se entrelaçaram por entre os fios de cabelos da esposa.

― Ele tentou! ― Nicole levantou a cabeça e olhou o rosto com traços perfeitos. ― A neta é a única lembrança que ele tem do Marcello.

Se eu fosse o pai biológico da Marcelly, eu faria de tudo para ter a guarda da minha filha.

― Eu sei! ― Nicole deu um beijo no rosto quadrado e passou o dedo indicador pelo queixo dele. ― Você é um ótimo pai, por isso você não pode deixá-la ir embora sem se despedir e deixar claro o quanto você a ama.

As palavras dela sempre amoleciam seu coração, ela o entendia de uma forma surpreendente, era como se ela completasse a parte que

se ajeitou no travesseiro macio ao lado da cama e a abraçou, formando uma conchinha.

― Vamos descansar um pouco.

― Ah, não!

Nicole sentou sobre ele e apoiou as mãos ao lado do rosto que examinava sua reação com as pupilas dilatadas.

― Agora eu quero sentir você dentro de mim.

― Amor, é você? Você está aí, Nicky? ― A voz grossa debochou ao tirar uma mecha do cabelo dela da testa. ― Eu adoro esse seu jeito travesso.

dedos nos cabelos da nuca e abocanhou seus

demorou muito até que todas as roupas estivessem espalhadas pelo chão e seus corpos se entregassem ao calor do

de, na maioria das vezes, Alexander a provocar e a possuir da forma ou no lugar que a queria, ele adorava quando ela tomava as rédeas e montava sobre ele com cavalgadas provocantes. Os toques e os movimentos de seus corpos conectados eram mais urgentes, moviam-se como um, até explodirem e sucumbirem ao prazer. Os grunhidos e os gemidos roucos ecoavam pelo quarto até que os seus corpos estivessem saciados. Aos poucos o cansaço vencia. Ela adormeceu nos braços que pareciam não querer

ficou em silêncio e se certificou que Nicole estava dormindo. Os olhos claros se comprimiam ao olhar para a luz do celular que insistia em vibrar. Esperou por quase meia hora e saiu da cama sem

roupas, andou pelo piso com detalhes em madeira e parou próximo ao móvel da bancada ao lado da banheira. Colocou a calça de moletom e uma blusa branca. Pegou o iPhone e saiu do

serei breve! ― Fechou os olhos ao ouvir o sotaque francês e prosseguiu. ― Amanhã eu passo aí para conversar sobre

e tentou conter a raiva enquanto Josephiné terminava

eu vou ficar com a minha família

olhos quando pisou no último degrau da escada reta. Afundou no sofá na sala de estar iluminada pela luz suave

é tudo, boa noite! ― Tinha uma expressão de desgosto no olhar. ― Acabou,

telefone e se agitou com o toque das mãos delicadas sobre