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Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 1785

Duarte abaixou a cabeça e olhou para o rostinho radiante da mulher em seus braços. Ele sorriu levemente e disse:

— Se você tivesse sido tão obediente antes, eu não teria feito isso com você.

Lorena forçou um sorriso amargo, reprimindo a raiva e a humilhação que sentia no coração.

Duarte então suavizou o tom de voz e continuou:

— Naquele dia, quando voltei, minha intenção era pedir desculpas a você. Mas, antes disso, nenhuma mulher jamais havia me batido. Por isso, acabei não pedindo desculpas e ainda gritei com você. Eu sei que também errei.

Naquele momento, pouco importava para Lorena se Duarte se desculpava ou tentava se justificar.

Porque, no fundo, tudo o que Lorena queria era ir embora, fugir para bem longe de Duarte e reencontrar a si mesma, a pessoa que era antes de perder a memória.

Assim, ela fingiu se reconciliar com ele.

No entanto, quando Duarte a beijou, Lorena reagiu com um incômodo evidente, o corpo rígido, uma repulsa que não conseguia disfarçar.

Mesmo que se controlasse para não demonstrar uma resistência mais agressiva, Duarte percebeu algo estranho.

Por isso, ao contrário de antes, ele não a forçou. Apenas pousou um beijo leve sobre seus lábios e murmurou:

— Amanhã, vou mandar Enrico e os outros irem embora daqui. Mas, Lorena, não pense mais em me deixar. Porque eu nunca vou permitir que você vá. E, mesmo que tente, nunca vai conseguir.

Lorena se assustou, temendo que Duarte tivesse descoberto seu plano com Natacha.

Mas, ao refletir melhor, ela se acalmou. Com a personalidade de Duarte, se ele realmente soubesse de algo, não estaria agindo com tanta gentileza. Já teria explodido de raiva!

Lorena tentou tranquilizar a si mesma, afastando aqueles pensamentos para que Duarte não percebesse nada.

Então, fingindo docilidade, se aconchegou no peito dele e murmurou com voz frágil:

— Naquele dia, eu só disse que queria te deixar porque perdi a cabeça. Mas agora... Eu já sou sua. Para onde mais eu poderia ir?

Os olhos sombrios de Duarte se estreitaram levemente.

Mais tarde, naquela mesma noite, depois que Lorena adormeceu, Duarte caminhou lentamente até a porta.

Alguns de seus homens ainda faziam a vigia do lado de fora.

Ao vê-lo sair, eles o saudaram com respeito:

— Chefe.

Duarte franziu a testa e perguntou:

— Hoje, alguém veio aqui?

Os capangas pensaram por um momento antes de responder:

No entanto, a sensação fria dos dedos dele deslizando por sua pele sedosa a fez despertar abruptamente.

No fraco brilho da luz do quarto, ela viu o contorno firme e austero do queixo de Duarte. Seus olhos se arregalaram, temendo que ele tivesse descoberto algo.

— Por que ainda não dormiu? — Perguntou Lorena, tentando controlar o nervosismo e esconder sua inquietação.

Duarte a observou com seus olhos negros e intensos enquanto acariciava suavemente sua pele macia. Com um tom tranquilo, respondeu:

— Não consigo dormir. Só quero ficar mais um pouco olhando para você.

Por um instante, Lorena não soube o que dizer. No fundo, amaldiçoava Duarte por sua falsidade, mas, por fora, precisava continuar interpretando seu papel.

— Se você quiser me olhar, tem muito tempo para isso. Mas agora vamos dormir, estou realmente cansada... — Murmurou ela, com um tom doce e submisso.

Os lábios de Duarte se curvaram levemente em um sorriso. Ele ergueu a mão e apertou de leve a bochecha dela, murmurando:

— Sim... Tenho todo o tempo do mundo para olhar para você.

Naquela noite, Duarte não pregou os olhos.

Ele ficou apenas deitado, perdido em pensamentos.

"De que forma Lorena tentará fugir de mim?"

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