— Não! — Natacha gritou. — Irmão, você não pode fazer isso! Eu te imploro, qualquer coisa, venha para cima de mim!
Mas o punho de Enrico já havia atingido Joaquim.
Natacha olhava para a cena diante de si, tomada pela dor.
Seu marido estava sendo espancado por um grupo de capangas.
Mesmo assim, Joaquim ainda conseguiu dizer a Natacha:
— Não se preocupe, ele não vai me matar, ele não ousaria!
O caos já havia se instalado.
Foi então que Lorena saiu correndo do carro, gritando:
— Parem! Eu imploro, parem com isso!
Por causa da súplica de Lorena, os homens que batiam em Joaquim interromperam a agressão por um instante.
O chão estava coberto de sangue. Joaquim tentou se apoiar para se levantar, mas seus ossos pareciam despedaçados. Ele simplesmente não conseguia.
Duarte, parecendo um demônio saído do inferno, olhou para a garota que chorava desesperadamente diante dele e disse:
— Lorena, então você finalmente decidiu aparecer.
Lorena correu até Duarte e caiu de joelhos diante dele, soluçando:
— Eu imploro, por favor, não machuque mais o Sr. Joaquim! Foi tudo culpa minha. Por favor, deixe o Sr. Joaquim e Natacha em paz. Eu nunca mais farei isso, nunca mais!
Segurando a barra da calça de Duarte, Lorena se humilhava, completamente desesperada.
Ela tinha medo de que sua atitude tivesse colocado Natacha e sua família em perigo.
Duarte olhou para a mulher ajoelhada a seus pés, mas não a ajudou a se levantar. Em vez disso, falou com frieza:
— Lorena, você tem certeza de que nunca mais tentará fugir?
— Tenho certeza, eu juro que não! — Lorena soluçava tanto que mal conseguia formar uma frase. Ela implorou. — Por favor, leve o Sr. Joaquim para o hospital. Eles são inocentes. A culpa é toda minha! Eu volto com você, faça o que quiser comigo, mas os deixe em paz!
Duarte, então, sorriu satisfeito e perguntou:
— Mesmo? Você vai obedecer a tudo que eu disser? Lorena, não se arrependa depois.
O coração de Lorena estava tomado pelo desespero, mas, naquele momento, ela não tinha escolha.
Ela jamais deveria ter envolvido Joaquim, um homem inocente, nessa situação.
— Eu não vou me arrepender! — Lorena respondeu, cerrando os dentes.
Duarte finalmente assentiu e disse a Enrico:
— Leve a Srta. Lorena para o meu carro. Estamos indo para casa.
Quando Lorena subiu no veículo, lançou um último olhar para Natacha, seus olhos carregados de desespero.
Os carros de Duarte partiram, deixando a estrada deserta. Agora, naquele caminho isolado, restavam apenas Natacha, Joaquim e o carro que quase fora destruído.
— Joaquim! Joaquim, como você está? — Natacha se ajoelhou ao lado dele, tirando o casaco às pressas. Rasgou um pedaço do tecido da própria roupa e começou a enfaixar os ferimentos de Joaquim.
Joaquim, respirando com dificuldade, ainda tentou confortá-la:
— Não se preocupe, não é tão grave assim. Seu irmão só quis te assustar.
— Para de falar! — Natacha chorava sem conseguir conter as lágrimas. Enquanto tentava estancar o sangue dos ferimentos de Joaquim, pegou o telefone e discou para o serviço de emergência. A culpa pesava em sua voz. — A culpa foi minha... Fui ingênua demais, não me preparei o suficiente. Por minha causa, Lorena se envolveu... E você também.
Lorena ficou realmente assustada. Ela balançou a cabeça e, instintivamente, recuou:
— Não...
Mas, para Duarte, toda resistência dela era inútil.
Sem hesitar, ele arrancou o cinto e, com rapidez e habilidade, amarrou as mãos dela juntas.
Em seguida, segurou o queixo de Lorena e a puxou para bem perto de si.
Jamais, em toda a sua vida, Lorena poderia imaginar que um homem a humilharia daquela forma.
Lorena sacudiu a cabeça desesperadamente, mas Duarte segurou seu rosto com firmeza e disse:
— Ora, ora... Por que você está desobedecendo de novo? Se não me satisfizer direito, como vou te recompensar, hein? Seja boazinha e faça o que eu mandar, assim você sofre menos.
Os olhos de Lorena se arregalaram. A cada dia, parecia que Duarte conseguia ultrapassar ainda mais os limites da sua dignidade e compreensão.
Tudo aquilo que ela nunca havia experimentado antes a escuridão, a humilhação inimaginável estava se tornando real nas mãos dele.
E, enfim, Lorena entendeu: os métodos de Duarte iam muito além do que ela poderia conceber. Eram mais numerosos, mais cruéis, mais assustadores.
Ele não a bateu. Não a insultou. Mas a punição daquela noite ficaria gravada nela para sempre.
Não sabia quanto tempo havia se passado. Para Lorena, parecia que um século inteiro tinha se arrastado naquele quarto.
Só então, o homem sobre seu corpo finalmente parou.
Duarte deslizou os dedos pelos lábios vermelhos e inchados dela, sorrindo satisfeito:
— Lorena, estou gostando cada vez mais de você... Esqueça essa cama, porque desta vez, você nunca mais vai sair dela.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...