As lágrimas de Lorena já haviam secado. Ela jazia impotente na cama, indiferente a qualquer palavra cruel que o homem ao seu lado proferisse para humilhá-la.
Ela queria morrer. Mas, se morresse, o que seria de sua mãe?
"Um louco como Duarte... Joaquim é cunhado dele, e ainda assim, Duarte foi capaz de mandar espancá-lo daquela forma. Se eu continuar desafiando ele, ele certamente continuará machucando as pessoas que mais amo."
Só agora Lorena percebia que, no mundo, existiam coisas ainda mais aterrorizantes do que a própria morte.
Depois de despejar sua fúria sobre ela, Duarte perdeu o interesse ao vê-la naquele estado apático. Sem mais paciência, abandonou ela na cama e seguiu para o banheiro.
...
Em outro lugar.
Joaquim foi levado às pressas para o hospital.
Após os exames, se descobriu que várias de suas costelas haviam sido fraturadas.
Natacha, tomada pela dor, não conseguia parar de chorar enquanto Joaquim era encaminhado para a sala de cirurgia.
Mesmo com o melhor cirurgião torácico disponível e um procedimento bem-sucedido, a recuperação levaria ao menos dois ou três meses.
Natacha estava à beira do colapso. Não apenas falhara em resgatar Lorena, mas também permitira que Joaquim se ferisse gravemente.
Sem outra escolha, confiou os três filhos aos cuidados de Dora e passou a maior parte do tempo no hospital, velando por Joaquim.
Ao saber do ocorrido, Rosana também passou a receber as crianças da família Camargo em sua casa.
Afinal, na casa de Natacha não havia idosos para cuidar dos pequenos, enquanto na dela, Sra. Maria, Diego e Keila podiam ajudar nessa tarefa.
Depois de garantir que as crianças estavam bem instaladas, Rosana e Manuel seguiram para o hospital para visitar Joaquim.
Natacha parecia exausta, algo que partiu o coração de Rosana.
— Natacha, seu rosto está muito pálido. — Rosana segurou a mão gelada da amiga e disse, preocupada. — Você tem se alimentado direito? Descansado o suficiente? Que tal fazermos assim? Hoje à noite, Manuel fica aqui cuidando de Joaquim, e você volta para casa para descansar um pouco.
Manuel, que ouvia a conversa ao lado, lançou um olhar para Rosana, pensando: "Você realmente sabe como me arranjar trabalho!"
Felizmente, Natacha recusou a oferta.
Natacha forçou um sorriso e disse:
Rosana imediatamente cobriu a boca com as mãos, deixando apenas os olhos brilhantes espreitarem de um lado para o outro, observando a reação dos outros.
Manuel suspirou e se voltou para Natacha:
— E agora? O que vocês vão fazer? Pelo visto, Duarte está disposto a romper de vez.
Natacha respondeu com dificuldade, sua voz carregada de decepção:
— Eu queria cortar os laços com ele... Mas se eu realmente fizer isso, o que será da Lorena? Eu pensei que, depois de nos reencontrarmos, meu irmão mudaria um pouco por ter finalmente experimentado o que é ter uma família. Mas ele continua o mesmo... Sempre cruel, sempre implacável. Estou profundamente desapontada.
Rosana, preocupada, acrescentou:
— Se ele foi capaz de fazer isso com o Sr. Joaquim, não vai poupar a Lorena também. O que ela deve estar passando agora?
O que Rosana disse era exatamente o que atormentava Natacha. Mas, no meio daquele caos que Duarte havia causado, ela já não conseguia lidar com tudo ao mesmo tempo.
Sem alternativas, lançou um olhar de súplica para Manuel:
— Você é advogado... Tem alguma solução?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...