Resumo de DESENOVO – Uma virada em Status: Namorada de Mentinha de Nalva Martins
DESENOVO mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Status: Namorada de Mentinha, escrito por Nalva Martins. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Alberto Village
Após ouvir uma confissão completa sair da boca de Ângela naquele escritório e de assistir aquela cena patética dela tentando seduzir o Alex, eu não me controlei e invadi o escritório. Porra, se eu pudesse matava aquela filha da puta, traidora!
__ Alberto?__ Ela disse, surpreendida com a minha presença.
__ Pode me explicar o que está acontecendo aqui?__ Resolvo lhe dá o benefício da dúvida. A infeliz anda com passos largos em minha direção, olha nos meus olhos em um pedido suplicante e lágrimas se formaram nos olhos verdes-esmeraldas.
__ O Alex, ele estava tentando me seduzir e queria me convencer a desistir de casar-me com você...
__ O quê, sua filha da puta! __ Meu irmão bradou, vem para cima da garota. Sua ira era algo cortante, palpável, porém, Amanda o interceptou no caminho. Volto o meu olhar para minha noiva.
__ Pode me deixar a sós com o meu irmão? __ peço-lhe. Ela olha para o Alex, depois para Amanda e volta o seu olhar para mim, e enfim assente, secando as lágrimas chorando. Observo-a sair do escritório, eu faço o mesmo pedido para Amanda.
__ Alberto, não acredito que você vai aceitar o que essa vagabunda disse! __ ralha exasperada.
__ Amanda, por favor!__ Alex pede calmamente, ela bufa, me lança um olhar suplicante e relutante, sai em seguida. Vou até a porta e tenho o cuidade de passar a chave, depois, volto o meu olhar para Alex, que está se servindo de outra dose de uísque. Ele toma um gole generoso e me encara receoso.
__ Bel, eu posso explicar... é que...
__ Eu ouvi tudo, Alex. __ Ele para estático.
__ Ouviu?
__ Porque não me contou do seu envolvimento com ela a meses atrás?
__ Eu não sei... a princípio eu quis te contar, mas, dei um tempo para que ela mesma fizesse isso.
__ Só que ela não fez, e você omitiu tudo, deixou que eu me iludisse, que acreditasse em um amor que não existia! Porra, porque deixou que chegasse a este ponto? __ cobro ríspido.
__ Desculpe, Bel! Droga, o tempo foi passando, e...
__ Você ia deixar eu me casar com aquela mulher, sabendo quem ela era de verdade?
_ Não! __ responde exasperado. __ Foi por isso que armei tudo isso, para que você ouvisse quem ela realmente era. Alberto se eu tivesse te contado, você não ia acreditar em mim. Eu tentei, mas você sempre batia de frente comigo e a protegia. __ Com um suspiro audível, vou até o bar e me sirvo uma dose dupla de uísque, e bebo de uma só vez. Respiro fundo e volto meu olhar para o meu irmão, assentindo.
__ Você tem razão. Se eu não ouvisse o que acabei de escutar da sua própria boca, jamais acreditaria em você. Eu sempre notei o seu jeito indiferente de olha-la, a sua implicância, a distância que manteve de casa desde que veio para o nosso meio. Alex, você devia ter me contado desde o início.
__ Me desculpa, cara, eu fui um covarde! __ Puxo o meu irmão para um abraço.
__ Eu te amo tanto, cara! Você sempre pode contar comigo __ sibilo. Sinto o seu corpo rígido relaxar aos poucos.
__ O que pretende fazer agora?__ pergunta quando nos afastamos um do outro.
__ Preciso de um momento a sós com ela.
__ Tem certeza, Bel?__ Assinto. __ Promete que não vai fazer besteira?
__ Não se preocupe comigo, não vou maltrata-la, se é isso que o preocupa. Se bem que ela merece uns bons tapas naquela cara deslavada!
__ Olha lá, Alberto!
__ Peça que entre, por favor! __ insisto. Alex concorda, mesmo inseguro, ele sai do escritório e eu volto para o bar, sirvo-me mais uma dose generosa de uísque, e bebo de uma só vez. O líquido desce queimando a minha garganta. Caminho até uma janela e observo o jardim florido de minha mãe, quando escuto a porta se abrir e o som abafado do seu salto no carpete do escritório.
__ Alberto?__ Ângela me chama com sua costumeira sensual, só que agora tem um toque de receio, de medo, não sei.
__ Sente-se! __ ordeno, ainda de costas para ela. O silêncio na sala é quase sufocante.
Eu tinha tantos planos para essa mulher, queria entregar-lhe o mundo, enchê-la de jóias, tratá-la como uma rainha. Seria a mulher mais amada que a história podia contar, mas, ela estragou tudo e acabou comigo como quem esmaga uma frágil formiga com os próprios pés.
Fecho os meus olhos e respiro fundo mais uma vez, buscando coragem para olhá-la na cara e não fraquejar. Viro-me de frente para mulher que a alguns segundos atrás era tudo para mim. Seus olhos ainda estão molhados de lágrimas e parecem suplicar a minha atenção.
__ Alberto, você está bem?__ pergunta em um fio de voz.
__ Eu vou ficar.
__ Querido, estamos atrasados para o nosso casamento. __ Ela me lança um sorriso receoso.
__ Casamento? Não haverá mais casamento, Ângela __ anuncio.
__ Como não?__ Ela se levanta da cadeira abruptamente e caminha até mim, mas mantém uma distância segura.
__ Você também vai encontrar alguém assim, Bel. __ Balanço a cabeça de forma negativa.
__ Não sei se quero me entregar a minha vida e o meu coração nas mãos de outro alguém algum dia, Alex. Eu amei Ângela, sonhei em formar uma família com ela. Você não tem noção do quanto dói ter que manda-la embora da minha vida assim.
__ Eu sinto muito, Bel, se eu tivesse aberto o jogo com você desde o início, talvez tivesse evitado tanto transtorno.
__ Águas passadas, Alex.
__ Quer sair um pouco, arejar a cabeça?
__ Não. Quero ficar sozinho, se não se importa.
__ Tem certeza? Podemos sair, tomar um porre, e...
__ Não, é serio. Obrigado, mas eu realmente preciso de um tempo para pensar e quero ver como vou fazer daqui pra frente. __ Alex se dá por vencido.
__ Tudo bem, mas se precisar, sabe que estarei aqui por você, não sabe?
__ Eu sei. Fique tranquilo, não pretendo fazer nenhuma besteira contra a minha própria vida. __ Aponto para Amanda com a cabeça. __ Vai ficar com a sua garota.
__ Tá bom. __ Alex se afasta, e vai ao encontro de Amanda na cozinha. Eu subo as escadas e me fecho dentro do cômodo. Encaro as paredes e solto uma respiração profunda. Porra, não sei como vai ser a minha vida a partir de agora. A parte ruim, é que tudo que eu olho, me lembra essa maldita mulher. Momentos de muita intimidade, de entregas, promessas e de muito amor.
__ Tudo mentira! __ rosno para ninguém em especial. __ Um mundo falso, de pura ilusão!__ Vou até o closet e para o meu desespero, encontro suas roupas arrumadas nos cabides e prateleiras. Pego uma de suas camisolas de seda japonesa e levo o tecido ao meu rosto, fecho os olhos, aprecio a sua maciez, inalo o seu cheiro e feito um grande tolo que sou, me pego chorando outra vez. Fraco, ajoelho-me no chão, absorvendo a dor é impactante e até sufocante. __ Por que fez isso comigo, Angel? __ Minha voz soa embargada e eu sinto raiva de mim mesmo, por chorar por essa ordinária, No impulso da minha raiva, rasgo a peça em minhas mãos, depois jogo todas as suas roupas no chão e grito ao vento, deixando minha frustração se esvair. Rasgo peça por peça do seu vestuário, extravasando a minha frustração e dor.
Não sei por quanto tempo fiquei ali ajoelhado e em lágrimas, só sei que alcancei o meu objetivo, a raiva havia amenizado, mas a dor e a decepção permaneceram e estas, oprimiam o meu peito. Mais calmo, volto a olhar ao meu redor, o quarto está uma bagunçae todo o seu vestiário virou um farrapo de panos rasgados, tudo completamente destruído. Deito-me sobre os destroços e encaro o teto. Minha mente está vazia, não quero pensar nela, no que fomos um para o outro, no que poderíamos ser. Quero limpar a minha mente, ficar no escuro, preciso arrancar essa dor do peito. Então em um roupante, levanto-me do chão, saio do quarto e vou até a área de serviço, pego um enorme saco de lixo e volto para o quarto, pego tudo que é dela e começo a jogar dentro do saco: roupas rasgadas, as langeries que estavam nas gavetas, suas maquiagens, perfumes, jóias, sapatos, tudo vai para o lixo.
__ Não quero nada de você aqui, quero riscá-la da minha vida! __ retruco baixo, amarro o saco e saio arrastando-o porta a fora, até chegar em uma lixeira na calçada e jogo tudo lá dentro. Volto para casa e para o meu quarto também, pego uma mala e começo a arrumar as minhas roupas de todo jeito dentro dela, e quando termino, sento-me no chão e fito mala pronta por longos. Vencido pelo cansaço, deito-me e não demora para eu apagar.
NOTAS DO AUTOR:
Ui! O bicho pegou pra Ângela, mas estou de coração partido por causa do Alberto.?
... Dias melhores virão, pode apostar galerinha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Status: Namorada de Mentinha