SUBMETIDA - CONTINUAÇÃO DE LASCIVA romance Capítulo 13

Capítulo 12

Isis Melo

Jaime andou na minha direção, fitando meus olhos. Pela forma que me olhou, não sei dizer o que se passa na sua mente, será que ele acreditou nas coisas que falei naquela carta, será que acredita em mim, acredita que não o trai com Conrad e que o passado ficou no passado. O olhei querendo que ele me dissesse, "eu acredito em você Isis", mas nada disso aconteceu.

Ele ajudou-me a descer do palco, e sussurrou no meu ouvido. – Não diga nada. – Engoli seco, com as sensações que sua voz me causou. Meu corpo inteiro se arrepiou!

Ele levou-me para o centro do palco, pegou-me pela cintura e encarando meus olhos começou a me guiar pela pista de dança.

Começou a tocar, No Es Cierto, ao ouvir a letra da música meus olhos marejaram, não aguentei a intensidade do seu olhar, por isso, escondi o rosto no seu pescoço. Meu coração apertado, e inconformado, pois estamos sofrendo por nada, por algo que já aconteceu.

"Me desculpe

Eu já não entendo para que minto para você

Se eu estou enterrada neste sentimento

Ainda não é tarde por favor

Eu não te esqueci, amor"

- Jaime... – Sussurrei com a voz embargada. Nossos rostos estavam tão próximos, sentia sua respiração se confundido com a minha. Passei minha mão pelo seu peitoral, meu coração quase sufocando de saudades.

- Você acredita em mim, quando digo que não te trair. – Arrisquei perguntar. A confusão que vi nos seus olhos, me mostrou que ele não acredita em mim.

Afastei-me bruscamente, a mágoa explicita nos meus olhos.

- Se não acredita em mim, porque não me deixa em paz. – Murmurei e me afastei. Sai apressadamente em direção ao banheiro, segurando as lágrimas que queriam cair.

Mais calma, voltei para o coquetel e não avistei Jaime em lugar nenhum. Resolvi ir atrás de Cláudio, mas quando me virei de vez, acabei batendo em um homem.

Ele segurou-me pela cintura e me ergueu. Fitei seus olhos verdes claros, e por um momento foi como se visse meus próprios olhos.

- Tudo bem? – Perguntou encarando-me, seu olhar profundo como se quisesse desvendar minha alma.

- Sim, obrigada.

- Chamo-me Isis, e você. – Falei apresentando-me.

- Robert Ventura. – Falou e pegou a minha mão de uma forma cavalheira e a beijou. Uma pena não ter conseguindo comprar o vestido, ia entregar ele para minha irmã. – Murmurou.

- Uma pena mesmo. – Falei. Se ele tivesse comprado o vestido, eu não teria dançado com Jaime.

- Será que ainda podemos dançar. – Murmurou. Fitei seu rosto, querendo saber sua intenção. No momento não estou a fim de ser paquerada por ninguém.

- Não estou te paquerando, apenas querendo tirar esta tristeza dos seus belos olhos. – Falou e por um momento me fez sorrir. Aceitei dançar e deixei que ele me guiasse pela pista.

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