Te Quero de Volta romance Capítulo 155

O pequenino franziu a testa e colocou as mãos na cintura, como se estivesse indicando para a mãe que era valente e a protegeria. Stella o achou uma fofura. Ela o abraçou por um bom tempo antes de deixá-lo se despedir de Emily e ir pegar a mala dele.

Às vezes, o filho dela era assim. O menino era capaz de ser tão sensível que ela se sentia ainda mais angustiada de fazê-lo sofrer com tudo isso.

Emily queria levá-los ao aeroporto, mas Stella recusou.

Com lágrimas escorrendo pela bochechas, ela olhou para Emily e disse: "Obrigada por tudo!"

Nos últimos anos, a amiga a ajudou muito cuidando de Adrian.

"Se você continuar me tratando como uma estranha, vou te bater. Não precisa me agradecer. É pra isso que servem as melhores amigas. Entra no carro. Quando você chegar na França, não esquece de me ligar e me avisar que estão bem."

Emily sorriu e abraçou Stella antes de abrir a porta do carro e empurrá-la para dentro.

Por todo o caminho, a mulher ficou bastante preocupada. Ela só se acalmaria quando chegassem à França.

O filho provavelmente estava morrendo de sono, pois não demorou para que ele adormecesse no carro. Adrian ficou deitado no colo da mãe, quase babando; a mulher não imaginava com o que ele estava sonhando.

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Enquanto isso, o homem, que segurava o resultado do teste de DNA com uma das mãos, dirigia o carro com a outra. A expressão no rosto dele era sombria, e ele ordenou aos subordinados no aeroporto: "Parem a Stella e a criança que tá com ela. Não deixem eles saírem do país!"

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Após um tempo, Stella chegou ao aeroporto. Ela puxava a mala com uma mão e, com a outra, conduzia o filho, que tinha acabado de acordar. Vendo como ele parecia confuso, ela o provocou de brincadeira. "Adrian, com o que você tava sonhando agora? Você tava babando em cima de mim. Quando chegarmos em casa na França, você vai ter que lavar meu vestido!"

"Do que você tá falando, mamãe? Eu não sei de baba nenhuma! Você acha que seu filho é mal-educado a ponto de fazer uma coisa dessas?"

O pequenino levantou a cabeça com orgulho, o que fez Stella achá-lo engraçado e irritante ao mesmo tempo.

Esse moleque travesso se achava demais.

Stella se perguntava se os professores dele concordariam que ele era bem comportado.

Antes que pudessem retirar os cartões de embarque, eles toparam com uma pessoa familiar.

"Tio malvado, por que você tá aqui?" Adrian ficou surpreso.

O homem ignorou o pequenino, cujos olhinhos azuis estavam cheios de frieza e de raiva. Ele deu um sorriso de escárnio com os lábios finos e lançou um olhar penetrante a Stella. "Mulher, você tá tentando fugir? Sabe o que vai acontecer com você por mentir pra mim?"

Ele a agarrou com força pelo pulso, o que a fez sentir uma dor aguda. Stella gritou para ele: "RK, o que você quer? Me solta!"

No passado, ele não queria deixá-la ficar com o bebê. A mulher criou Adrian sozinha, sem nunca pedir nada ao homem. Por que ele teve que acabar arrancando um fio de cabelo do filho dela para fazer um teste de DNA sem que ela permitisse?

No final, a culpa foi dela por tê-lo subestimado e se enganado a respeito dele.

Stella deveria ter imaginado que ele mandaria alguém ao aeroporto com antecedência para ficar de olho nela.

No entanto, mesmo assim, ela ainda se agarrou à esperança de que não perderia o filho, por menor que ela fosse.

"Eu te dei a chance, mas você desperdiçou ela." O homem era pior que o próprio diabo, e os olhos dele brilhavam com uma luz estranha. A mulher não tinha coragem de olhar para a cara dele.

Se ele estava na frente dos dois, ali no aeroporto... Isso significava que os resultados do teste já haviam saído?

Como pôde ser tão rápido?

Stella considerou a possibilidade de que ele ainda não tivesse os resultados. Talvez ela estivesse preocupada à toa.

"Quantas vezes eu já te disse? O Adrian não é o seu filho! O pai dele é outro homem. RK, você tá maluco? Quer reconhecer o filho de outro cara como seu?"

Stella estava tão nervosa que achava que fosse desmaiar a qualquer momento.

Infelizmente, os gritos furiosos da mulher e as mentiras dela apenas irritaram RK ainda mais.

Pá! Ouviu-se o barulho alto dos documentos atingindo o rosto dela. Quando eles caíram no chão, o homem rugiu como um leão. "Os resultados do teste de DNA saíram! Stella, por quanto tempo você vai continuar mentindo pra mim?"

Ela não queria de jeito nenhum que ele soubesse que tinha um filho.

"É um erro. O hospital cometeu um erro! Ele é o meu filho e não tem nada a ver com você! Rene Kingston, escuta com atenção: o Adrian é o meu filho. Você não é o pai dele! Me larga! Nós precisamos embarcar no avião."

Stella estava gritando, com os olhos marejados de lágrimas. Ela não se importava nem um pouco se parecia uma louca para as pessoas em volta.

Nunca havia passado pela cabeça de Adrian que o homem pudesse ser o pai dele. Ele estava assustado. O menininho ficou pálido e, apesar de estar com a voz trêmula, enfrentou o pai: "Você é horrível, tio... Solta a minha mãe! Não vou te deixar ser mau com ela nem com qualquer outra mulher. Você não é um homem de verdade!"

RK sentiu o coração ficar quentinho quando viu o pequenino levantar os punhos para ele.

Aquele era o filho dele; o filho dele e de Stella.

"Menino, você não pode mais me chamar de tio. Sabe quem eu sou?"

Parecia que RK não pretendia soltar Stella tão cedo. O sorriso malicioso nos lábios dele a deixou ainda mais enojada.

O garotinho não sabia como responder e manteve a cabeça baixa o tempo inteiro, de tanto medo que sentia.

RK não desistiu. Ele foi direto ao ponto: "Adrian, eu sou o seu pai!"

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