André
A doida querendo dar um tempo. Até parece. Foi muito rolo até hoje.
Sabia que essa merda do Negão poderia qualquer momento chegar no ouvido dela, agora ela querer separar por uma coisa que não tem nada a ver com nós dois. Não mesmo.
Não aceito parceiro.
Quer surtar? Surta aí sozinha. Vou dar o tempo pra ela respirar e pensar em tudo isso.
Vou pra Fortaleza resolver umas paradas das mercadorias que estão vindo da Europa.
A coisa não tá boa aqui, desde que o Negão me alertou que a federal tá no meu encalço. Vou ter que adiantar alguns planos e colocar pra rolo uns contatos meus.
Tô pensando em aceitar a proposta de um parceiro meu.
Henrico sabe como sou, enxergou meu potencial e quer me colocar na máfia.
O foda é que vou ter que sair do Brasil, meu contato aqui agora só vai ser com terceiros.
...
Cheguei de Fortaleza e a Anjo estava deitada. Estranho. Ela é toda elétrica pro trabalho dela. Como ela disse que estava bem fui pro meu banho.
Assim que saí vi ela dormindo, cheguei perto pra ver se estava bem mesmo.
Porra caralho! Só de pensar em perder essa mulher bate um negócio louco aqui dentro. Dá não parceiro.
Desci e fui pra cozinha.
_ Bom dia Dulce.
Dulce: Bom dia meu filho.
_ Tem chocolate aí ?
Dulce: Tem, quer que eu derreta?
_ Faz esse favor aí. E traz morango também, tô na sala.
Fui resolver mais problema, pra quem acha que essa vida é um morango.
Tem uma carga grande vindo pra São Paulo, pelo porto de Santos, se essa passar negócio tá feito, foda que tem que molhar a mão de muita gente grande.
Tava falando com o comandante do porto quando a Dulce deixou as coisas na mesinha de centro. Preciso acertar esse negócio pra ontem.
Nem sei quanto tempo deu, mas a anjo desceu, me olhou e passou direto pra cozinha.
Fiquei reparando aquela bunda gostosa. Porra, olha o movimento. Vi a blusa subir um pouco e ela tá com minha cueca.
Filha da Puta.
Depois ela voltou com o celular.
_ Fala.
LC: Chefe.
_ Tô escutando.
LC: Parada tá maneira não, tem uma policial infiltrada e o 13 tá querendo dar fim.
_ Que porra é essa?
LC: A mina dele chefe. Aquela que é professora.
Caralho maluco. Anjo não implicou atoa.
_ Tá onde?
LC: Na goma do parça.
_ Tô indo.
Nem olhei pra trás. Sai sem o Novinho mesmo.
13 não ganhou o apelido atoa. E o ódio que ele tem de polícia, é capaz de eu chegar lá e a mina não tá mais viva.
Vi o Robinho quando estava colocando o carro na garagem.
_ Acha o Novinho, tô indo pra casa do 13. Fica aí com ela e os meninos.
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