Emily Gordon
Acordo deitada em um sofá e demoro alguns segundos para me estabilizar e relembrar onde estou. Olho para as portas deslizantes de vidro e já amanheceu. Meu coração vai para Tyger, estou preocupada que ainda não voltou. Será que ele está bem?
— Bom dia, Emily. — vejo Creek aparecer na minha frente com uma bandeja de café da manhã.
— Bom dia, Creek. Você sabe alguma coisa sobre Tyger? Estou preocupada.
Me sento e começo a comer imediatamente.
— Faz algumas horas desde que ligaram mas até então as coisas estavam se estabilizando. Só estão em peso lá para se certificarem de que a situação acalmou mesmo. Você quer ir dar um passeio depois? Temos um bar no hotel da reserva.
— Sério? Eu adoraria.
— Poderíamos ir na parte da noite ou a tarde, o que você prefere?
— Você acha que Tyger vai demorar tanto assim?
— Não sei, mas se ele voltar antes, certamente precisará de um descanso.
— Isso é verdade. — pondero por alguns segundos minha situação — Talvez eu devesse ir embora, Creek. Não quero ser um fardo que ele ou algum de vocês não pediu para ter.
— Por que pensa isso? — parece totalmente contrariada.
— Pense bem, ele está lidando com problemas no trabalho e mesmo assim se sentiu na responsabilidade de ir me buscar e trazer-me para cá. Imagine o quanto isso lhe fez perder tempo? Ele não pediu uma responsabilidade e muito menos quer uma, não é por isso que evita ter um laço profundo com uma mulher? Eu simplesmente estou incomodando e ninguém vai tirar isso da minha cabeça, sinto muito. — declaro com peso na consciência.
Antes que Creek possa responder, o som de um carro se aproximando chama nossa atenção. Corro até a sacada passando pelas portas de vidro para ver o que está havendo e rapidamente reconheço o motorista.
— Oh, ele chegou. — murmuro para Creek.
Meu coração acelera imediatamente e a ansiedade em vê-lo leva uma onda de ar frio para meu estômago. Caminho de volta para a sala e um minuto depois, a porta se abre bruscamente.
— Por que a porta não está trancada? — sua expressão é de raiva no momento.
— Aposto que teria arrombado se estivesse trancada pela forma como abriu. Aqui é seguro, você sabe disso.
— Temos invasores dentro dos muros, tranque o prédio e ative os dispositivos de segurança, ficarei aqui para dar suporte. Desça e avise as outras fêmeas. — Tyger explica com a expressão sombria e o tom de voz quase num grunhido.
Seu olhar fixo em mim desde que abriu a porta.
— Ok. Até logo Emily.
— Até logo Creek. Obrigada por tudo, por enquanto. — sorrio para ela.
Tyger se aproxima passando o olho por todo meu corpo, chega mais perto e toca meu rosto. Sua expressão raivosa de repente suaviza.
— Você está bem. — afirma.
— Estou. — reafirmo — E você?
— Foram horas estressantes. Estou com raiva, mas não de você. — acaricia minha bochecha gentilmente.
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