TYGER romance Capítulo 39

Tyger

— Basta perguntar, é muito óbvio que ela vai dizer sim. — Hook diz e me encara sério.

— Por que está me olhando assim? — questiono não gostando nada da forma como me olha.

— Assim como? Estou olhando normal. — dá de ombros.

— Não está não. Parece estar me julgando. Nunca passei por isso, preciso de um conselho. Você é meu amigo ou não porra?

— Claro que sou, você sabe Tyger. Quero te ver feliz mas sabe muito bem como me sinto em relação aos humanos.

— Desencana, Hook. Trabalhamos com eles, muitos são bons e nos ajudaram com tudo que sabemos e temos hoje, não são todos que vão nos trair, para com essa besteira. — Blade entra na conversa depois de um tempo jogando no celular.

— Olha só para você, falando igualzinho a eles, agindo como eles, fazendo tudo que fazem. Foda-se que nos ajudaram, estavam e dívida conosco. Todos nós sofremos por anos, mas alguns sofreram em dobro, eu fui um deles e tenho meus motivos para não querer proximidade com eles. Aturo mas não tenho apreço por eles e fim.

— Não são todos iguais, cara.

Respiro fundo porque já tivemos essa conversa várias e várias vezes.

— Você é insuportável mas é meu amigo, então te aturo, assim como você só atura os humanos. — Blade retruca sorrindo.

— Já chega! — grunho — Blade, você que anda passando muito tempo com muitas fêmeas humanas, do que elas gostam?

— Para quê isso? É só dizer que é sua companheira e pronto, me pareceu pequena para conseguir fugir de você. Se a quer, a mantenha. — Hook palpita.

— O que sabe sobre fêmeas humanas? Não é tão simples assim. — Blade rosna para o macho que mostra os caninos de volta.

— Porra, calem a boca. Vão me ajudar ou não? — rujo irritado.

Hook sai da sala rosnando e resmungando, deixando-me a sós com Blade.

— Eu vou ajudar, é claro. O que você quer exatamente?

— Quero que fazê-la feliz.

— Um dos dias mais felizes da minha vida será quando você ficar louco por uma fêmea e tomara que dê bônus, ela seja humana. — um grunhido rasga do macho.

— Vai se foder, só se eu estiver maluco, mate-me se essa desgraça acontecer comigo. — em seguida a porta bate forte que faz tremer até as janelas.

Caímos na gargalhada por alguns segundos.

— Eu tenho um plano. — ele diz.

— Então me fale logo. — estou ansioso.

***

Duas horas depois paro o jipe em frente ao dormitório que minha fêmea está, vim buscá-la depois de preparar uma surpresa para ela. Talvez tenha exagerado mas quero ter certeza de que apreciará meu esforço de fazer algo que lhe agrade. Irei pedir que seja minha companheira e que não tenho a intenção de deixá-la ir. Nunca.

Seria como arrancar meu coração perdê-la. Ela é minha e vou mantê-la.