TYGER romance Capítulo 18

Tyger

Dirijo de volta para o dormitório das fêmeas depois te sido chamado para dar o relatório a Justice por telefone sobre o que aconteceu mais cedo e me certificar de escolher os machos para substituir os que tiveram turnos longos. Mandei que escolhessem outro para liderar o turno, estou cansado.

Fui informado que os melhores espécies para rastrear humanos encontraram os dois invasores dentro da Reserva e agora os tem presos sendo interrogados.

A situação finalmente se acalmou e posso voltar a minha rotina normal. Sei que já está tarde mas disse a Emily que iria vê-la a noite e mais do que simplesmente cumprir com minha palavra, é a vontade imensa de fazer isso.

Digito o código na porta de entrada, caminho até o elevador e aperto o botão chamando-o, entro e aperto o botão para o andar que ela está.

Assim que saio pelas portas tento captar algum movimento mas está tudo em silêncio, exceto pelos passos de Timber se aproximando.

— Olá Tyger.

— Oi, Timber.

— Estou aqui dando suporte, encontraram os invasores?

— Sim, você pode ir agora.

— Eu vou, só estava me assegurando de que ela está bem lá dentro.

— Quem?

— Emily, é claro. — diz e grunho em resposta com raiva agitando em mim.

— Está interessado nela? — franzo o cenho.

— Sim, mas infelizmente ela gosta de outro macho, um que não pode dar o que ela merece.

— Fique longe dela ou brigaremos.

— Ela é sua?

— Não é minha fêmea mas sou responsável por ela enquanto estiver aqui.

— Eu não vou prejudicá-la, também não posso ficar longe. Me ofereci para compartilhar sexo e tenho esperança de que pense sobre isso e aceite.

— Você o quê?! — Cerro os punhos pronto para dar um soco no outro macho quando a porta se abre revelando o rosto lindo e sonolento de Emily.

Respiro de forma irregular tentando controlar a raiva na frente dela, não quero que presencie cenas desagradáveis. Meus olhos correm pelo seu corpo notando suas pernas nuas com a camisa cobrindo pouco acima de suas coxas.

Um rugido profundo e assustador retumba da minha garganta quando o cheiro do seu cio chega as minhas narinas. Imediatamente coloco meu corpo na frente do seu para bloquear a visão de Timber sobre ela.

— Está tudo bem? Eu ouvi um barulho e vim ver o que era. Estou sem sono e não consigo dormir, me desculpem se atrapalhei a conversa de vocês.

— Entre. Te encontro lá dentro. — sei que não merece meu tom duro mas não consigo evitar agora.

Emily me lança um olhar feio e a porta se fecha. Observo o nariz de Timber se movimentando.

— Timber me estressou revelando que pediu para compartilhar sexo com você. — confesso.

— Por que isso te estressou? Eu já sei que isso é comum para novas espécies, não levei para o lado ruim. — se vira de frente para mim.

A camisa grande que está vestindo cobre pouquíssimo de suas coxas sentada, seu cheiro atinge meu olfato me fazendo saber que está mais forte do que nunca agora. Meu corpo inteiro fica rígido, meu pênis dói apertando minha calça jeans, e tudo que mais quero nesse exato momento é essa fêmea em meus braços.

Eu não sei o que acontece, mas parece que não adianta só eu tentar resistir a ela, existe alguma coisa dentro de mim que cresce por Emily, uma força que me leva querê-la e eu não estou conseguindo conter, está sendo natural, como se não houvesse escolha para mim.

— Simplesmente odeio a ideia de outro macho tocando você. Sinto vontade de socar o filho da puta. — a fêmea humana arregala os olhos visivelmente surpresa com meu ataque possessivo.

— Mas Tyger, eu não sou sua fêmea. — seu tom de voz é suave, quase num lamento por dizer isso.

Ela tem razão. Mas porquê o pensamento me deixa maluco? Timber admitiu abertamente querer Emily, outros machos também estarão vendo ela por aqui e se interessarão porque é linda e gentil.

Talvez não aceite Timber porque o mandei ficar longe dela mas isso não quer dizer que não aceitará outro. Quem sabe algum desperte seu interesse, algum disposto a tomar uma companheira.

Um pensamento me ocorre, egoísta, mas que fará Emily não desejar nenhum macho que lhe abordar.

— Quero te tocar de novo. — confesso — Mas temo dessa vez não ser capaz de parar, não quero te machucar nem causar-lhe dor.

— Eu o quero também. Mas não posso esquecer que não estará desfrutando já que não pode ser quem você é de verdade. — em seus olhos há mágoa.

— Shh... Esqueça essa bobagem que falei, acho que não exista nada que me faça não apreciar tocar você.