— Não é um simples arranhão. Não acha melhor ver um médico? E se precisar de pontos? — questiono, preocupação tomando meu tom de voz.
— Isso não é nada. Não preciso de nenhum médico.
É teimoso também.
— Tudo bem. Vamos lá. — assinto nervosa e derramo o soro até limpar todo sangue.
— Agora passe um pouco de álcool no algodão e aperta levemente. — assim eu faço.
— Está doendo? Minha mão está muito pesada? — assopro por cima do algodão.
Olho em seus lindos olhos felinos mas não encontro nenhum resquício de dor ou desconforto, pelo contrário, seus lábios se curvam em um sorriso divertido.
— O que foi? — questiono.
— Você é doce. — sinto minhas bochechas esquentarem.
— Por que diz isso? — fico curiosa.
— Você está se preocupando se eu, um macho e grande Nova Espécie que tem alta resistência a dor, está sentido dor com um arranhãozinho.
— Ah...
— Não sinta-se constrangida por ser assim, é bom. — fala como se pudesse ler meus pensamentos.
Ridiculamente me sinto aliviada.
Termino de fazer um curativo básico e guardo tudo de volta na maleta, o que sujei ele vai até o lixo e joga dentro.
— Obrigado, fêmea.
Por mais que seja sexy ele me chamando assim, devo me apresentar depois de tudo.
— Me chamo Emily, Emily Gordon. Então... O que houve com seu braço?
— Sou Tyger. E isso foi um tiro de raspão.
— Perfeito para você. — sorrio — O nome, não o tiro.
— O DNA usado em mim foi de tigre, como um daqueles que por pouco não te engoliu. — estremeço lembrando-me do momento de pavor.
— Que bom que você não é feroz ou intimidador como ele. — sorrio numa falha tentativa de humor.
— Quem disse que não sou? Temos muito em comum. — franze cenho.
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