Um amor de cabaré romance Capítulo 6

Antes de eu ir embora do cabaré, eu passei pelo escritório do Raul e combinei de levar pra ele a quantia em dinheiro no dia seguinte.

Assim que cheguei no hotel e abri a porta da minha suíte, eu tomei um susto.

Marina: São 05:30 da manhã, onde você estava Felipe?

Ela deu passos apressados e largos em minha direção e cheirou o meu pescoço.

Marina: Que cheiro de perfume barato é esse? você estava me traindo?

O olhar dela era de mágoa e incredulidade, afinal eu nunca a tinha traído, mas também nós dois sabíamos que entre nós não favia mais um casamento.

Marina: Responde a droga da minha pergunta Felipe.

Ela já estava gritando, e eu não estava nenhum pouco arrependido do que eu havia feito.

Eu me desviei dela, caminhei até o banheiro e me tranquei lá sem dizer nenhuma palavra.

Marina: Felipe, abre a droga dessa porta, você não vai fugir dessa conversa.

Eu tirei a minha roupa, me enfiei debaixo do chuveiro e tentei ignorar as batidas da Marina na porta, acompanhadas de gritos, eu nunca a vi tão desequilibrada assim.

Por um momento ela desistiu de chamar a minha atenção e finalmente eu pude ter paz pra pensar naquela menina, ela tinha uma xoxotinha tão apertadinha, tão lisinha, além da beleza tão marcante e o corpo tão sensual, e se ela não fosse puta, poderia facilmente ganhar o meu coração.

Quando eu saí do banheiro, a Marina estava sentada na ponta da cama com os olhos repletos de lágrimas, e isso não me causou nenhuma pena ou remorso.

- Eu vou te fazer um pedido Marina, ou você procura uma outra suíte, ou você volta pra São Paulo, pois aqui não vai dar pra você ficar.

Marina: O que está acontecendo com você? você não é assim Felipe. Isso tudo é porquê não vim com você? eu estou aqui agora.

- Marina, quando eu casei com você, eu não exigi que você largasse a sua carreira nem a sua vida, mas esperei sim que você estivesse comigo em viagens e almoços importantes, assim como eu já estive ao seu lado em muitos eventos. Com o passar dos anos você se mostrou ser alguém mesquinha e egoísta, você só pensa em você, na sua vida, e é incapaz de ceder algo em meu benefício. Se é pra viver assim com você, eu prefiro viver só.

Marina: Isso não é verdade Felipe, você está sendo estúpido e injusto comigo.

- Não é verdade? então me diz a última vez que você participou de um evento dado pela minha empresa ao meu lado?

Ela ficou calada e pensativa.

- Tá vendo? nem você se lembra. Agora por favor, me deixa dormir, eu tenho apenas duas horas pra descansar.

Marina: Você não vai me dizer onde você estava?

- Não, a partir de hoje eu não te devo mais satisfações da minha vida, e quando eu voltar pra São Paulo, eu vou ajeitar a papelada do nosso divórcio.

Marina: Você está gostando de outra pessoa? quem é ela?

- Já chega Marina, me deixa em paz por favor, gritei.

Ela me olhou assustada, e as lágrimas ficaram cada vez mais intensas em seus olhos e então ela se retirou.

De todas as minhas discussões com a Marina, essa tinha sido a pior, pois pela primeira vez fiz ela encarar o problema de frente, eu já estava cansado de empurrar esse relacionamento com a barriga.

Eu deitei na cama, e o sono veio quase que imediatamente.

Quando o celular despertou, fui obrigado a me levantar pra cumprir com os meus compromissos do dia, mas constantemente a minha mente me levou até o dia anterior, eu entrando e saindo daquela bundinha gostosa.

- Que menina tesuda, pensei.

Fui até o banco e desembolsei os 100 mil da conta e fui até o cabaré, o local estava vazio, afinal eu marquei pela manhã justamente pelo sussego.

Raul: Você é um homem de palavras Sr. Gutierrez.

- Sim, você cumpriu o nosso acordo e aqui está o seu pagamento.

Raul: Muito obrigado, se precisar de mais alguma coisa, não exite em me procurar.

Eu apertei a mão dele e fui pra uma reunião logo em seguida.

O meu celular não parou de tocar o dia inteiro, e quando fui ver, eram várias ligações da Marina.

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