Um Vício Irresistível romance Capítulo 126

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— Sterling, estou cansada, vamos dormir. — Clarice piscou aqueles lindos olhos e, ao cobrir a cabeça com o edredom, sua voz saiu macia, quase manhosa, como se estivesse tentando conquistá-lo.

Enquanto falava, pensava consigo mesma: “Se a Teresa não ligar logo para o Sterling, eu não vou aguentar mais.”

Sterling subiu na cama com o pijama na mão, puxou o cobertor e empurrou Clarice mais para frente. O movimento fez o corpo dela rolar e, no processo, o cobertor acabou se desarrumando.

Assustada, ela rapidamente segurou o pijama, pensando: “Pronto, agora ferrou. Não vou conseguir segurar mais. Teresa, sua inútil!”

— Sterling...

Clarice ia dizer algo, mas antes disso, sentiu o braço do homem a puxar. Ele a levantou e a colocou em seu colo, perguntando com um tom direto:

— Quer que eu te ajude a trocar ou prefere trocar sozinha?

Era claro que ele não ia desistir. Clarice mordeu o lábio, lançou-lhe um olhar sedutor e perguntou baixinho:

— Não dá pra deixar assim?

Clarice tinha um plano: seduzir Sterling para fazê-lo esquecer Jaqueline. Só que, depois de tanto esforço, parecia que ela não tinha avançado nem um centímetro nos objetivos. E agora, se colocasse aquela camisola sexy, Sterling certamente não se controlaria. Mas, pensando no bebê que carregava no ventre, ela não podia, de jeito nenhum, ceder.

Sterling, impaciente, ignorou qualquer protesto. Com um gesto rápido, arrancou as roupas que ela usava e puxou a camisola vermelha, forçando-a a vesti-la, sem dar espaço para recusas.

Depois de colocá-la na camisola, ele a carregou até a frente do espelho da penteadeira. Segurando-a pela cintura, abraçou-a por trás, inclinou a cabeça e mordeu de leve o lóbulo de sua orelha. Sua voz rouca e provocante reverberou:

— Hoje à noite, quero que você veja no espelho tudo o que vou fazer com você.

A camisola vermelha, contrastando com aquela aura fria e misteriosa de Clarice, dava a ela um ar que era uma mistura de inocência e provocação, despertando ainda mais o desejo de Sterling.

Clarice sentia-se humilhada e furiosa. “Eu mesma cavei essa maldita armadilha, agora ele vai me enterrar nela!”

Sterling a virou de frente para a penteadeira, pressionando seu corpo contra o móvel. Clarice ficou completamente tensa.

— Relaxa, Clarice. — Sua voz soou baixa, mas firme.

Ela, no entanto, pensou no bebê e contraiu o corpo ainda mais.

Sterling franziu o cenho, irritado, enquanto gotas de suor escorriam por sua testa.

— Clarice!

Ele não entendia. Ela nunca tinha agido assim antes. O que estava acontecendo?

Nesse momento de impasse, o som do celular tocando rompeu o silêncio tenso entre os dois.

— Sterling, seu celular! — Clarice disse apressada, como se finalmente tivesse encontrado uma saída.

Mas, no instante em que ela relaxou, sentiu o peito firme dele encostar em suas costas, sem qualquer aviso.

— Ah! — Um grito escapou de sua boca, misto de surpresa e constrangimento.

A reação dela só inflamou ainda mais o desejo de Sterling, que a segurou com mais intensidade. Clarice, sem conseguir se soltar, protegeu instintivamente a barriga com as mãos e, entre os dentes, rosnou:

— Sterling, se continuar, eu vou te acusar de estupro conjugal!

Ele a observou pelo reflexo no espelho, os olhos brilhando com luxúria.

— Me deixa satisfeito, e eu poupo sua amiga.

Aquelas palavras, ditas com um tom perigosamente sedutor, fizeram Clarice estremecer. No reflexo, ele viu o olhar dela, quase hipnotizante sob a luz suave do abajur.

Casados há três anos, ela já o tinha levado ao êxtase inúmeras vezes. Mas agora, algo diferente crescia dentro dele: o desejo de tê-la para sempre.