Um Vício Irresistível romance Capítulo 8

Leia Um Vício Irresistível - Capítulo 8

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Túlio ficou tão irritado que quase desmaiou de verdade.

Sterling, famoso no mundo dos negócios por sua inteligência e habilidade, parecia esquecer metade do cérebro toda vez que o assunto era Teresa.

Clarice, com a expressão tranquila, serviu uma tigela de sopa e colocou na frente de Túlio. Sua voz era suave:

— Vô, tome um pouco de sopa.

Túlio pegou a tigela e tomou um gole. O sabor quente e reconfortante ajudou a aliviar sua raiva. Depois de colocar a tigela na mesa, ele lançou um olhar afiado para Sterling e disse:

— Já que você tocou no assunto, vou falar. Clarinha, toda vez que vem aqui, faz questão de cozinhar para mim. Ela sabe o que eu gosto de comer, e, quando tem peixe, ainda tira as espinhas para mim. Clarinha cuida de mim com toda a dedicação! Já a Teresa... Toda vez que aparece, só sabe se jogar no sofá, cheia de manha, enquanto os empregados ficam correndo para servi-la. E eu? Quem cuida de mim?

A expressão de Túlio ficou ainda mais séria.

— As duas são de famílias ricas, mas a diferença entre elas é gritante!

Sterling, com uma expressão indiferente, respondeu:

— A casa tem cozinheiros. Não tem necessidade de Clarice se dar ao trabalho de cozinhar. Além disso, os empregados estão aqui para servir os donos. Teresa sempre foi delicada e precisa de cuidados.

Enquanto falava, Sterling lançou um olhar para Clarice.

Ela estava ali, impecável como sempre. No trabalho, usava ternos elegantes. Fora dele, era sempre vista com conjuntos de roupas bem alinhados, mantendo a postura perfeita de uma senhora da alta sociedade.

Ela era elegante até demais. Até mesmo na cama, Clarice era previsível e sem graça. Sterling sentia que algo faltava na relação deles.

Mas, ironicamente, era justamente essa mulher que o avô adorava. Foi Túlio quem, três anos atrás, forçou aquele casamento.

Clarice abaixou a cabeça, a luz em seus olhos se apagando. Quando levou a colher de sopa à boca, suas mãos tremiam levemente.

Tudo o que fazia parecia insignificante aos olhos de Sterling.

Seu trabalho? Para ele, era só uma ocupação qualquer.

Cozinhar para ele? Ele dizia que havia chefs para isso, que ela estava se esforçando à toa.

Mas, mesmo assim, ele havia comido a comida que ela fez com as próprias mãos durante três anos. Que ironia cruel.

Túlio bateu na mesa, sua voz carregada:

— Seu irmão morreu. Teresa não se casou de novo, mas ainda é sua cunhada. A pessoa que você deveria proteger é sua esposa, Sterling, não sua cunhada!

Ele ainda não conseguia entender. Quando Luiz Davis, o filho mais velho, se casou com Teresa, Sterling não demonstrou interesse algum. Mas, depois da morte de Luiz, Sterling parecia ter colocado Teresa em um pedestal.

Sterling respondeu com frieza:

— Ela está grávida.

Foi direto ao ponto, sem hesitar.

Luiz estava morto, e ele acreditava que era sua obrigação cuidar de Teresa. Ainda mais porque, na infância, Teresa tinha salvado sua vida.

Agora que ela estava grávida, ele sentia que era sua responsabilidade garantir o bem-estar dela e da criança.

— Sterling… — Túlio engasgou de tanta indignação. Antes que pudesse xingá-lo, começou a tossir violentamente.

Clarice se levantou rapidamente e foi até ele, batendo levemente em suas costas.

— Pronto, vô, não se irrite. Isso faz mal para sua saúde.

Sua voz era suave e gentil, como se não tivesse acabado de ouvir tudo o que foi dito na conversa.

Túlio segurou a mão dela, com os olhos cheios de culpa.

— Clarinha, eu sinto muito por você.

Três anos atrás, ele foi o responsável por forçar aquele casamento. Se não fosse por ele, Clarinha provavelmente teria uma vida muito mais feliz agora.

Sterling permaneceu em silêncio, com os lábios apertados e o rosto sombrio. Toda a sua postura transparecia irritação.

Clarice deu um sorriso leve.

— Vô, o senhor sempre me tratou como uma neta de verdade. Não tem nada pelo que se desculpar. Vamos deixar isso para lá e comer, está bem?

Se fosse no passado, ouvir Sterling dizer algo como aquilo teria partido o coração dela.

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