Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 574

No voo de volta para Mento, o rosto delicado e bonito de Briley estava tenso. Ela mordia o lábio inferior com desconforto, e seus dedos, que seguravam a xícara de chá, estavam ligeiramente pálidos.

Uma pessoa idosa com mobilidade limitada e sofrendo de alzheimer, sozinha e longe de casa, quem sabia que tipo de problema ela poderia encontrar!

De acordo com Belle, o velho mestre Owen não levou muito dinheiro consigo.

Conforme o tempo passava, a ansiedade de Briley aumentava.

Vendo-a tão ansiosa, Cayson passou o braço pelo ombro dela e a consolou com uma voz gentil, "Briley, não se preocupa demais. Seu vô é um homem de sorte. Ele vai ficar bem."

Os olhos de Briley estavam ligeiramente vermelhos enquanto ela olhava para Cayson, dizendo, "Eu tava tão preocupada com ele. E se o vovô passar mal de repente... Antigamente, uns vizinhos de casa tinham uma pessoa idosa com alzheimer também. O casal foi trabalhar durante o dia e a pessoa idosa saiu de casa sozinha... Como eles tavam fora, virou a maior confusão, porque o idoso ficou perdido na rua e não sabia voltar pra casa."

"Quando o casal voltou do trabalho e viu que o idoso tava desaparecido, imediatamente mobilizaram todos os seus esforços na busca. Compartilharam posts nas redes sociais, postaram avisos em grupos de pessoas desaparecidas, colocaram anúncios na TV e até foram na polícia pra registrar o desaparecimento... Sabe o que aconteceu no final? "

Cayson ficou atônito e balançou a cabeça.

Briley falou com a voz embargada, "Depois de quarenta e oito horas, o corpo do idoso foi encontrado numa vala perto de um rio. Falaram que ele escorregou por acidente, rolou e caiu na vala... Se ele tivesse sido encontrado mais cedo, talvez ainda tivesse vivo, mas acharam ele tarde demais..."

Cayson já havia adivinhado qual seria o pior resultado da história talvez envolvesse a palavra "morte", mas quando ouviu o resultado atual, ainda se sentiu um pouco triste.

Briley se aconchegou nos braços dele e sussurrou, "Aquele senhor era muito simpático. Quando não tava confuso, dava doces pra mim e sorria pra todo mundo. Por que os idosos não podem morrer em paz e saudáveis? Em vez disso, eles ficam doentes."

Falando nisso, Cayson se lembrou da cena da morte da velha madame Rowe.

A avó lutou contra a doença por quase cinco anos, mas mesmo assim não conseguiu resistir no final.

Havia uma camada de tristeza nos belos olhos dele, e ele abraçou a mulher com mais força.

...

Duas horas depois, o avião pousou suavemente no Aeroporto Internacional de Mento.

Ao desembarcar do avião, Briley imediatamente agarrou a mão de Cayson e correu para fora, quase numa corrida contra o relógio.

Kiran estava esperando na entrada do aeroporto conforme as instruções de Cayson. Ele viu o patrão e sua esposa se aproximando e os cumprimentou rapidamente e com respeito.

Depois de cumprimentá-lo, Kiran relatou com seriedade, "Encontramos o paradeiro do velho mestre Owen."

Ao ouvir esta notícia, a tensão no rosto de Briley finalmente relaxou por um momento. "Sério? Onde ele tpa agora? Ele voltou pra casa da família Owen? Ele tá bem? Ele tá machucado?"

Diante de uma série de perguntas da esposa do patrão, Kiran respondeu pacientemente, "Jovem madame, por favor, não se preocupa. O velho mestre Owen já voltou pra casa. Mas, quando ele foi encontrado, tava inconsciente, com alguns ferimentos leves... Mas o melhor médico da família Owen já tá examinando ele."

"Ele estava machucado e inconsciente? Como isso foi acontecer?" O rosto de Briley ficou pálido.

"Briley, não pensa nisso. Vamos pra casa da família Owen primeiro. Vamos discutir quando vermos o vovô." Cayson apertou a mão dela.

Briley se acalmou um pouco quando olhou para os profundos olhos escuros do marido.

Ela assentiu e seguiu Cayson para dentro do carro, indo direto para a casa da família Owen.

...

Na mansão da família Owen.

No quarto, estava o melhor médico da família Owen. Exceto pela velha madame Owen, todos estavam esperando fora do corredor.

Cayson segurou o braço dela e lhe deu um olhar cálido. "Briley, tá tudo bem."

Harrison continuou: "Quando a gente chegou, o vovô já tinha desmaiado na frente do túmulo. A gente não sabe como ele chegou lá. Mas pela lama que tava no pé dele, dá pra perceber que ele foi andando até lá... Ele também comprou um saquinho de maçãs do amor pro túmulo da minha tia."

Logan, que havia ficado em silêncio por um longo tempo, acrescentou, "Ela adorava doces. Quando meu pai viajava a trabalho pra capital quando ela era criança, ele trazia pra ela maçã do amor quando voltava."

Após uma pausa, o rosto abatido do homem se encheu de tristeza. "Meu pai ainda lembra do que ela gostava de comer... Ele provavelmente sentiu tanta saudade que foi visitar ela."

Assim que ele disse isso, todos os presentes ficaram em silêncio.

Os olhos de Briley também tinham um tom avermelhado, seja pelo profundo amor que seu avô sentia pela mãe dela e pela tristeza que isso acarretava, ou por algum outro motivo, não se sabe ao certo.

Cayson a abraçou pelos ombros fortemente e a consolou.

O grupo de pessoas esperou na porta por cerca de dez minutos antes que a porta do quarto fosse finalmente aberta.

Vários médicos idosos com cabelos grisalhos saíram, e a velha madame Owen os acompanhou até a porta do quarto.

"Velha madame, não precisa se preocupar. O velho mestre só desmaiou por causa do excesso de cansaço e frio. Durante esse período, deixa ele descansar bem na cama. Ele vai ficar bem depois de um tempo de repouso."

"Bom, obrigada." A velha madame Owen acenou levemente com a cabeça.

"De nada. Já vamos embora."

Vários médicos acenaram para o grupo de pessoas atrás deles e saíram sob a orientação dos funcionários.

O rosto da velha madame Owen parecia claramente mais abatido. O olhar dela varreu a multidão e, quando pousou em Briley, se iluminou um pouco. "Briley, por que você voltou?"