Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 575

Briley forçou um sorriso e se aproximou dela. "Vovó, eu corri de volta quando soube da notícia sobre o vovô."

A velha madame Owen também adivinhou tal coisa e assentiu suavemente.

Ela pegou a mão de Briley e disse aos outros, "Entrem pra ver ele."

Depois de ouvir as palavras da velha madame Owen, as pessoas que estavam esperando do lado de fora finalmente entraram no quarto.

Briley também entrou, e ao ver o velho mestre Owen deitado na cama, sentiu vontade de chorar.

O cabelo do velho mestre Owen era grisalho, o rosto dele estava pálido e havia várias marcas notáveis no lado esquerdo do rosto e nas costas de sua mão exposta, provavelmente de ter batido acidentalmente em algo quando desmaiou.

Ele estava deitado ali, extremamente fraco, exalando uma sensação de fragilidade que acompanha a velhice.

Quando pensou em como seu avô havia ido visitar o túmulo da mãe dela propositalmente, ficou muito triste.

Enquanto o velho mestre Owen dormia desse jeito, todos observaram por um tempo. Quando ouviram a velha madame Owen dizer que não havia acontecido nada de grave, todos suspiraram de alívio.

Depois que todos saíram do quarto, a velha madame Owen parou Briley e disse, "Briley, fica aqui."

Briley ficou atordoada.

Cayson foi bastante natural. Ele deu um tapinha no ombro dela e disse, "Eu vou te esperar lá fora."

Quando falou, ele saiu com os outros.

A funcionária fechou a porta.

Briley sentiu o cheiro de remédio que estava no quarto e olhou para a velha madame Owen, "Vovó?"

A velha madame Owen caminhou até a cama e sentou-se. Ela deu um tapinha carinhoso na mão do velho mestre Owen e disse em um tom afetuoso, "Tá bem, tá bem. Para de fingir. Acorda logo."

Briley franziu o cenho. O que estava acontecendo?

Na cama, o velho mestre Owen abriu os olhos. Um sorriso bondoso apareceu no rosto sereno dele. "Todo mundo já saiu?"

A velha madame Owen assentiu. "Sim."

Vendo o velho mestre Owen abrir os olhos, Briley exclamou surpresa, "Vovô."

Ao ouvir isso, o velho mestre Owen olhou na direção dela.

Uma expressão de surpresa cruzou o rosto dele, seguida por uma profunda sensação de alegria. "Lea, você voltou!"

O sorriso no rosto de Briley congelou.

Lea.

Ele não disse Briley.

O vovô, ele estava...

Briley olhou instintivamente para a velha madame Owen, que lhe deu um olhar extremamente impotente.

Briley entendeu imediatamente que o estado de seu avô havia piorado.

O avô dela a havia esquecido, em vez disso, ele a confundiu com Lea Owen.

Por um momento, Briley sentiu como se seu coração estivesse imerso em água gelada, doendo e desconfortável.

Esse era o aspecto cruel do alzheimer, diferente de outras doenças como o câncer, o alzheimer não só sujeita os pacientes a dor física, mas gradualmente corrói suas memórias, tirando sua dignidade nos estágios finais da vida.

O avô dela estava começando a esquecer das coisas, das pessoas.

Ela não tinha certeza se ele tinha completamente esquecido dela ou se era apenas temporário.

Mas agora, ela só podia fingir enquanto espremia um sorriso e disse: "Sou eu, eu voltei."

Depois de uma pausa, ela esticou a mão e ajeitou o cabelo de Briley atrás da orelha dela, "Briley, boa menina. Você deve estar cansada de ter voltado correndo. Vai descansar um pouco no seu quarto."

Sentindo a preocupação de sua avó, Briley assentiu obedientemente.

Cayson estava esperando por ela nas escadas. Vendo a expressão triste da esposa, ele perguntou suavemente, "Briley, o que foi?"

Briley olhou para ele e forçou um sorriso. "Eu tô bem."

Cayson olhou para ela com o coração apertado. Ele não gostava que ela fingisse ser forte.

Ele estendeu a mão e pressionou a cabeça dela contra o peito dele, uma voz gentil e constante emanava de cima dela, "Briley, você não precisa ser assim na minha frente. Aconteça o que acontecer, eu sempre vou estar do seu lado."

Sentindo o calor nos braços dele, Briley sentiu também um calor no coração.

Ela envolveu a cintura musculosa dele com os braços e murmurou suavemente, "Cayson, obrigada."

Ela teve muita sorte de tê-lo conhecido.

No quarto.

O velho mestre Owen, que estava deitado na cama, ouviu o barulho lá fora e fechou os olhos.

Na verdade, ele não estava tão confuso quanto parecia.

Ele sabia que ela era sua neta, Briley, e não sua única filha.

Sua amada filha mais nova havia morrido na mesa de cirurgia.

Mas quando ele ficava confuso, ele pensava na Lea de dez anos com suas duas tranças torcidas, um laço xadrez vermelho amarrado em seu cabelo, correndo até ele com um sorriso radiante, importunando-o por maçãs do amor.

Se ao menos ele tivesse permitido que Lea e aquele rapaz, Silva, ficassem juntos naquela época, talvez sua Lea não tivesse morrido.

Ele não conseguiu proteger sua filha. Ele era um pai fracassado.