Uma Noite, Uma Esposa romance Capítulo 616

No primeiro dia das férias, nevou pela primeira vez em Mento.

Flocos de neve brancos caíam um após o outro, como se tivessem coberto a cidade com uma camada de roupas brancas durante a noite.

No entanto, durante o dia, a neve na estrada secava, e o limpador limpava a neve para que fosse conveniente para as pessoas saírem.

Mas depois que nevava, a baixa temperatura podia ser sentida pelo corpo. O inverno no sul era realmente de gelar os ossos.

Na ala VIP do hospital.

Ruth sentou-se ao lado da cama da mãe e olhou pela janela para a neve que caía.

"Mãe, tá nevando. Tá bem bonito."

Hoje, ela estava muito elegante, usando uma jaqueta rosa, leggings pretas e um par de botas de couro marrom, dando a impressão de que era alta e encantadora.

Ela passou um pouco de maquiagem no rosto bonito, o que a deixou mais atraente. Ela era como uma bela flor, atraindo a atenção das pessoas.

"Mãe, vou conhecer a mãe do Josh. Tô um pouco nervosa... Por isso vim falar com você. Ia ser tão bom se você tivesse aqui. Você também ia poder me dar alguns conselhos."

"O Josh me falou pra não ficar nervosa, mas como não vou ficar nervosa? O Brandon e Ava se recusaram a me deixar ficar com o Josh. Eu sei o que eles tão planejando... Se não fosse pela sua situação, eu não estaria sendo controlada por eles."

"Mas mãe, não se preocupa. Eu vou conversar sobre isso com o Josh. Ele com certeza vai me ajudar. Eu vou te tirar do controle da família Santos, e aí, a gente vai poder ficar junto sem preocupações e não vamos mais precisar olhar pra cara daqueles hipócritas da família Santos."

Nesse ponto, um sorriso desprezível apareceu nos lábios de Ruth. "Mãe, vou te contar uma coisa interessante. Meu irmão mais velho, o Danny Santos, sendo o filho mais velho da família Santos e o filho da esposa legítima do Brandon, também foi usado pelo Brandon como um peão pra agradar a filha do governador... Haha, qual é a diferença entre uma filha ilegítima e o filho de uma esposa legítima na família Santos?"

O rosto dela estava cheio de tristeza. Ela fechou os olhos e tentou não pensar sobre a família Santos.

Depois de se acalmar, ela abriu os olhos novamente, que estavam cheios de preocupação. "Não vai demorar muito. Eu com certeza vou me sair bem diante da Sra. Baxter e fazer com que ela fique satisfeita comigo."

Depois de um tempo, o celular dela tocou.

Ruth viu que era uma ligação de Josh.

A expressão dela suavizou e ela apertou o botão para atender. "Alô, Josh?"

"Onde você tá, Ruth? Já tá quase na hora que a gente combinou. Tô indo te buscar."

"Tô visitando minha mãe no hospital agora."

"Ok, daqui uns 15 minutos eu tô aí."

Ruth desligou o telefone com um sorriso gentil no rosto.

Sempre que ela pensava na pessoa de quem gostava, a doçura no coração dela transbordava.

Pouco tempo depois, o carro de Josh parou na entrada do hospital.

Ele queria subir para visitá-la, mas Ruth não queria que ele visse a aparência abatida de sua mãe. Então, considerando que Josh não podia se movimentar livremente, ela decidiu recusar seu pedido.

Ruth levantou-se e disse suavemente olhando para a cama, "Mãe, já vou. Me deseja sorte."

Ela se inclinou e beijou delicadamente a testa da mãe.

A porta do quarto foi fechada.

Deitada na cama, Kassidy lentamente abriu os olhos marejados.

...

Assim que Ruth desceu as escadas, viu Josh parado ao lado do carro.

Ele usava um sobretudo marrom de lã e, por baixo, uma malha de gola alta branca. Apesar da perna mecânica, ele permanecia em pé, sem se diferenciar das outras pessoas.

Ao vê-lo, o sorriso no rosto de Ruth não pôde mais ser escondido.

No entanto, ela gostava muito dele e achava que ele era muito fofo.

O aquecedor no carro estava ligado e estava bem quente.

Assim que a porta foi fechada, o frio ficou do lado de fora.

Josh entrou no carro, agarrou a mão dela e cobriu com a dele. "Por que não tá usando luvas?"

Ruth sacudiu a cabeça e disse: "Como eu já tive queimaduras por causa do frio nas mãos, usar luvas até deixa elas quentes, mas, não sei por quê, dá muita coceira. É melhor simplesmente aguentar o frio assim", disse ela.

Ouvindo isso, a mão de Josh pausou levemente.

Ele abriu as mãos e olhou para o par de pequenas mãos que ele estava segurando.

Elas eram magras e ásperas. Havia uma cicatriz em forma de lua crescente perto da palma da mão esquerda.

Ele esfregou a cicatriz e perguntou com o cenho franzido: "Como você conseguiu essa cicatriz?"

Ruth abaixou a cabeça levemente e disse num tom relaxado: "Ah, essa cicatriz. Quando eu tava no segundo ano do ensino médio, tinha um bêbado que queria intimidar minha mãe, aí eu levantei e queria bater nele. Quando eu acertei ele, perdi o equilíbrio e caí. Cortei essa mão por causa dos cacos da garrafa."

Aconteceu durante um inverno frio. Naquela época, ela estava no segundo ano do ensino médio e tinha notas boas. O professor da classe encontrou Kassidy e mencionou que estavam dando aulas particulares de reforço. Se Ruth pudesse frequentar, ela poderia focar em matérias específicas e avançar para um nível superior.

O preço da aula particular não era baixo. Para arrecadar dinheiro, Kassidy abriu uma barraca para vender frutas na rua de lanchonetes à noite, depois que saía do trabalho na fábrica.

Naquele dia, ela acabara de terminar os estudos da noite e estava prestes a buscar Kassidy para ajudar a arrumar a barraca. De longe, ela viu um bêbado tocando inadequadamente a mãe dela.

Naquela hora, ela só sentiu o sangue ferver, e não tinha tempo para pensar em mais nada. Ela pegou um pau na rua e correu na direção deles.

O bêbado gritou de dor, e a garrafa de vinho que ele estava segurando se quebrou em pedaços no chão. Na confusão, ela foi empurrada para o chão.

Um fragmento de vidro perfurou diretamente a palma da mão dela.