Uma Proposta de Amor romance Capítulo 7

Brian

Brian

Cheguei em casa já passava das vinte horas, algo corriqueiro para mim, uma vez que ficava sempre na empresa até tarde. Mas já fazia alguns meses que eu sentia faltar algo em minha vida e a perspectiva de ter um filho estava cada dia me causando ansiedade.

Chegar em casa e ter uma criança, que seria cuidada e amada por minha tia, assim como ela havia me criado, seria uma sensação maravilhosa e eu tinha certeza de que traria um novo vigor a minha vida monótona.

— Que bom que você chegou, Brian – Tia Melanie cumprimentou ao me ver entrar na sala do apartamento em que morávamos, em uma região nobre de Nova Iorque.

— Boa noite, titia.

A beijei no rosto, após largar a pasta em cima de uma poltrona qualquer, me jogando em um dos sofás em um tom de verde-escuro que combinava muito bem com as cortinas na cor bege, assim como eram também os carpetes da espaçosa sala se estar elegante.

A minha tia era uma mulher de gostos simples, mas que admirava tudo o que era belo e prezava muito pela organização. Ela cuidava de mim com muito carinho, assim como faria uma mãe. A mãe que eu não tive.

— Estava esperando você para o jantar.

Ao ouvir que a minha tia ainda não havia jantado, peguei minha pasta novamente e me apressei em direção às escadas que levavam ao segundo andar do nosso tríplex. Não gostava quando ela optava por adiar a hora do seu jantar para me esperar.

— Vou tomar um banho e já desço.

Tomei uma ducha rápida e logo estava de volta à sala de estar. Seguimos juntos para o salão de jantar, local onde gostávamos de fazer nossas refeições, apesar de ser uma mesa que facilmente acomoda doze pessoas e sermos apenas nós dois.

Eu amava a minha tia, pois ela sim sempre esteve ao meu lado, me apoiando em todos os momentos, mesmo quando ela não concordava com as minhas atitudes.

— Já contou para os meninos sobre a sua decisão?

Os “meninos” eram o Douglas e o Oliver, os quais ela tratava como se ainda fossem apenas dois adolescentes e não dois homens na casa dos trinta anos, como de fato eram.

— Eu os reuni hoje à tarde para contar – Diante de sua expressão interrogativa, entendi que ela gostaria de saber mais que isso. – Os dois não concordam que esta seja a melhor maneira, mas eles irão me ajudar nesta empreitada.

Eu havia decidido ser este o momento de aumentar a nossa família, gerar um herdeiro para deixar o legado que construí com bastante esforço e empenho, porém eu não desejava casar-me de forma alguma.

Não desejava nem mesmo ter um relacionamento de longo prazo, pois estava mais que satisfeito em me envolver apenas de maneira superficial com as mulheres que me despertavam o interesse.

Meus encontros se resumiam a sexo e eu não pretendia mudar aquilo e muito menos envolver uma criança na equação. Jamais poderia ter certeza de que a mulher que eu escolhesse para formar uma família, seria mesmo uma boa mãe para o meu filho.

Eu não gostava de incertezas, de me arriscar e dar tiro no escuro, não era uma possibilidade para mim.

— É assim que chamam ter um filho agora? Empreitada?

A minha tia não concordou com a minha ideia de ter um filho através de inseminação artificial feita em uma estranha, mas eu não seria demovido da ideia de forma alguma e falei exatamente isso para ela, que me conhecia o bastante para saber que eu estava falando a verdade.

Mas jamais poderia destratar aquela que sempre me tratou com tanto amor, abdicando até mesmo de ter sua própria família, apenas para cuidar do sobrinho. Ela era a minha única família hoje, além dos meus amigos, os quais eu considerava como irmãos e por esse motivo, sempre a trataria com carinho, mesmo quando discordava de mim, como naquele momento.

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