ZERO romance Capítulo 1

"Você é Zero Oliveira?"

Na Mansão Oliveira, sobre um sofá de cores sóbrias, uma senhora idosa observava Zero sem esboçar sorriso.

Em contraste com sua expressão séria, suas mãos acariciavam gentilmente os cabelos de uma garota que estava apoiada em seus joelhos. A garota, que havia olhado para Zero apenas uma vez no início, virou o rosto, corando e com os olhos cheios de lágrimas.

"Você se parece muito com seu pai, com esses braços e pernas compridos. A senhora idosa comentou casualmente, acenando com a cabeça na direção de uma mulher ao lado dela: "Esta é sua mãe."

Zero já havia notado.

A mulher sentada ao lado da senhora idosa parecia digna e gentil.

Foi então que os olhos de Zero se iluminaram ao olhar para ela, quase pronunciando "mamãe" - quando foi interrompida por um grito que poderia ser descrito como lamentável.

"Mamãe!"

A menina, que até então estava apoiada nos joelhos da idosa, virou-se abruptamente e se jogou nos braços da mulher.

Imediatamente, a mulher a abraçou, enquanto a idosa dizia apressadamente: "O que há de errado, Pérola? Por que está chorando de repente? Ninguém está competindo com você pela sua mãe, certo, Zero?"

Zero engoliu as palavras, parada no meio do salão sob o olhar penetrante da velha, e também captou o olhar complexo de culpa e evasão da mulher.

Com todos os convidados na sala observando-a estranhamente, Zero começou a se perguntar se estava no lugar certo.

Uma semana antes, uma pessoa que se dizia assistente de vida da Família Oliveira a encontrou em uma pequena cidade do sul, e sem mais explicações, a levou para fazer um teste de DNA. Quando o resultado saiu, foi informada de que ela era a terceira filha perdida da Família Oliveira.

Nos dias seguintes, o assistente gastou uma semana inteira apenas para ensinar a Zero sobre as regras da Família Oliveira e apresentar os diversos parentes, até que finalmente, hoje, ela foi levada para dentro da mansão da família.

Ela pensou que seria um reencontro estranho, mas feliz.

No entanto, a cena diante dela

-

Dizia-se que esse era o cômodo mais bem iluminado e espaçoso da família Oliveira, tudo organizado pessoalmente por Sra. Teresa.

Mas, olhando para o sol ofuscante que enchia o cômodo, Zero desconfiou que, na verdade, era um cômodo que ninguém queria ocupar - a iluminação era muito boa, principalmente no auge do verão, quando, mesmo com o ar-condicionado ligado a todo vapor, ainda se sentia o calor escaldante.

Ela fechou todas as cortinas e, depois de pegar sua mala, se jogou na cama para dormir.

Dez minutos depois, ela acordou com uma batida ritmada, mas alta, na porta.

"Sou eu." - Uma voz feminina, cheia de vivacidade e clareza, soou do lado de fora: "Irmã, mamãe me mandou trazer algumas frutas para você!"

【Queridos leitores, gostaria de esclarecer que o nome da nossa querida protagonista é Zero. Espero que não haja confusão. Obrigado!】