A ascenção da Luna romance Capítulo 107

Assim que terminou de conversar, Cassandra largou o celular ao lado.

Quentin, com uma ponta de ciúmes, não pôde deixar de comentar, franzindo os lábios: "A conversa estava animada, hein?"

Cassandra percebeu o tom de ciúmes e revirou os olhos para ele. "Chega, Quentin. Você não deveria estar no seu escritório? Por que ainda está aqui?"

"Heh... Vocês mulheres adoram se livrar de mim!" brincou Quentin enquanto se levantava, com um tom sarcástico.

Cassandra riu, sem dar importância. Pegou um documento e começou a lê-lo.

Na Matilha Tempestade, ao saber da prisão de Trevor, Ophelia ficou em choque.

Ela estava desorientada e só conseguia chorar, sentada no sofá com uma caixa de lenços no colo. A mesa de centro à sua frente já estava coberta por uma pequena pilha de lenços amassados.

"Meredith, o que vamos fazer?" Ophelia perguntou, com os olhos vermelhos de tanto chorar, enquanto olhava para a filha do outro lado da sala.

Meredith, ao contrário da mãe, não chorava. Com os dentes cravados no lábio inferior, disse: "Também não sei ao certo. Vou ligar para alguns Betas da corporação. Talvez eles tenham uma maneira de tirar o papai da cadeia."

"Então, ligue logo," insistiu Ophelia.

Embora fosse a Luna, sempre dependera de Trevor para lidar com as questões da matilha, e agora, com ele preso, sentia como se o mundo tivesse desmoronado.

Meredith pegou o celular e ligou para um dos acionistas mais próximos da família Gardner.

A ligação foi atendida rapidamente.

Poucos minutos depois, Meredith afastou o celular do ouvido com uma expressão preocupada.

Ophelia, percebendo a situação, sentiu o coração apertar, mas ainda perguntou esperançosa: "Qual é a situação?"

Meredith balançou a cabeça. "O Sr. Lingon disse que papai mandou alguns homens destruírem o museu da família real. As provas são sólidas, então não há chance de fiança."

O rosto de Ophelia empalideceu, e ela sentiu como se o mundo estivesse girando.

Levando a mão ao peito, começou a soluçar novamente. "Como isso foi acontecer... Por que seu pai quis destruir o museu?"

Meredith permaneceu em silêncio, de cabeça baixa, tentando esconder a angústia no rosto. Ela também não conseguia entender.

De repente, uma ideia surgiu na mente de Ophelia, que segurou a mão de Meredith com firmeza e disse: "Meredith, procure Thaddeus."

Meredith a olhou, surpresa. "Procurar Thaddeus?"

Ophelia assentiu. "Sim. Se seu pai não pode ser solto com fiança, a única solução é fazer com que a família real o liberte. Harvey trabalha para a família real e é amigo de Thaddeus, certo? Peça a Thaddeus que fale com Harvey e tire seu pai da prisão."

Os olhos de Meredith brilharam com essa possibilidade e ela se levantou. "Vou agora mesmo."

Precisava salvar o pai a qualquer custo. Se ele continuasse preso, certamente seria destituído do cargo de presidente pela diretoria, e mesmo que ainda tivesse a maior parte das ações, sua influência e controle sobre a empresa seriam enfraquecidos. Isso poderia arruinar sua posição social e afastar as herdeiras de outras matilhas. Ela não podia permitir que isso acontecesse.

Pegando a bolsa, Meredith saiu da residência Gardner e seguiu direto para a Matilha Dark Moon.

Quando Thaddeus voltou para casa após o trabalho, encontrou Meredith lá, em meio a uma conversa com Sienna.

Ao vê-lo, Meredith sorriu e se levantou. "Thaddeus! Você chegou!"

Sienna também sorriu e brincou: "Eu estava me perguntando por que a Meredith parou de falar de repente. Mas pelo visto ela viu o Thaddeus. Bem, como sou a mais velha, deixarei vocês à vontade."

"Sra. Fallon!" Meredith exclamou, corando levemente.

Sienna riu e saiu, cobrindo a boca.

Thaddeus colocou a maleta no chão e olhou para Meredith, perguntando: "O que veio fazer aqui?"

Meredith aproximou-se e o envolveu com os braços. "O que, não posso estar aqui?"

Ele a conduziu de volta ao sofá e sentou-se. "Podia ter avisado que viria. Eu teria passado para te buscar."