A ascenção da Luna romance Capítulo 66

Cassandra não esperava que sua negociação com o conselho municipal fosse tão rápida. Em apenas uma hora, o contrato foi assinado.

Em troca de conceder o uso gratuito de parte do terreno por alguns anos, o governo se comprometeu a ajudá-la com a construção da fábrica e a fornecer suporte para todas as questões relacionadas à maquinaria.

Ao sair da entrada principal da prefeitura, o céu já estava escuro, e o estômago de Cassandra roncou, quebrando o silêncio.

Quentin sorriu e envolveu os ombros dela com o braço. “Querida, que tal um bife para comemorar?”

“Claro,” respondeu Cassandra com um aceno.

Quentin, animado, acelerou o passo em direção ao carro, ainda com o braço em volta dela.

Meia hora depois, chegaram ao restaurante Epean, o mais famoso de Huxville. Assim que entraram, uma voz familiar ecoou atrás deles.

“Sra. Raeburn, Sr. Lauper, nos encontramos novamente.”

O sorriso de Cassandra murchou um pouco no instante em que ouviu aquelas palavras.

Quentin revirou os olhos. “Por que sempre temos que esbarrar em vocês?”

Os recém-chegados não eram outros senão Thaddeus e Meredith.

Meredith soltou uma risada suave. “Estamos incomodando você, Sr. Lauper?”

“Pelo menos você percebeu. Então, por que não para de perguntar?” Quentin retrucou, espalhando as mãos com sarcasmo.

Meredith manteve o sorriso, sem demonstrar raiva.

Thaddeus continuava em silêncio, mas seu olhar se fixou no curativo na cabeça de Cassandra. Seus olhos estavam profundos, difíceis de ler, como se estivessem tentando decifrá-la.

Cassandra percebeu o olhar dele e, com uma expressão intrigada, brincou: “Sr. Fallon, não tem medo de deixar sua noiva com ciúmes, me encarando desse jeito?”

Meredith sentiu o sorriso em seu rosto vacilar por um instante. Ela sabia que Cassandra estava tentando provocar, mas havia verdade nas palavras dela. Era evidente que Thaddeus não desviava os olhos de Cassandra.

O brilho de ciúme nos olhos de Meredith não passou despercebido, mas ela rapidamente recompôs o sorriso.

“Sra. Raeburn, como você é espirituosa! Por que eu teria ciúmes? É natural que Thaddeus olhe para você, já que estamos todos no mesmo lugar. Ele encontra mulheres todos os dias na corporação. Se eu sentisse ciúmes de cada uma, minha vida seria um inferno, não acha?” Ela entrelaçou o braço no de Thaddeus.

Thaddeus sentiu o aperto dela, mas não fez nenhum movimento para afastá-la, embora uma leve ruga tenha surgido em sua testa.

“Você é realmente admirável, Sra. Gardner,” disse Cassandra, como se não notasse a tensão no sorriso de Meredith.

Quentin bocejou e murmurou: “Querida, por que perder tempo conversando com eles? Não estava com fome? Vamos logo para nossa sala privativa.”

“Mmm-hmm,” concordou Cassandra, deixando Quentin guiá-la com o braço envolto em sua cintura.

Enquanto os dois se afastavam, a intimidade entre eles chamou a atenção de Thaddeus. Ele franziu os lábios, sentindo uma irritação inexplicável. Por um momento, teve um impulso intenso de separá-los, mas logo suprimiu esse desejo, atribuindo-o à influência persistente de Orso.

Orso, no entanto, estava deitado tranquilamente, sem se dar ao trabalho de expor a hipocrisia de seu Alfa.

Com os olhos baixos, Thaddeus ocultou suas emoções e disse a Meredith: “Vamos.”

“Claro,” ela respondeu, forçando uma animação que não sentia.

Enquanto seguiam para a sala privativa, Quentin não resistiu a provocar: “Meredith claramente está morrendo de ciúmes de você, mas insiste em fingir que não está. Deve ser exaustivo sorrir tanto assim, não acha?”

Cassandra deu uma risada suave. “Você se cansa de comer e dormir?”

“Claro que não!” Quentin sacudiu a cabeça energicamente.

“Então, para algumas pessoas, fingir é tão essencial quanto comer e dormir. Por isso, não é nada cansativo para elas.”

Quentin fez uma careta divertida. “E se a expuséssemos? O que você acha que ela faria?”