A ascenção da Luna romance Capítulo 67

Cassandra arqueou uma sobrancelha. “Por que você está procurando a Sra. Gardner aqui? Ela não estava com você?”

“Exatamente,” Quentin concordou, cruzando os braços.

Thaddeus desviou o olhar. “Ela não está comigo.”

“Ela sumiu?” Quentin piscou, surpreso, e logo um sorriso travesso surgiu em seu rosto. “Ela desapareceu?”

Thaddeus permaneceu em silêncio.

O sorriso de Quentin se desfez. “Espera... Ela sumiu mesmo?”

Cassandra lançou um olhar atento para Thaddeus. “Se a Sra. Gardner sumiu, por que você está nos procurando, Alfa? Acha que estamos escondendo ela?”

“Ela foi ao banheiro e não voltou mais,” Thaddeus respondeu, encarando Cassandra. “Vocês são as únicas pessoas aqui que têm problemas com ela.”

Quentin soltou uma risada debochada. “Então está sugerindo que a sequestramos por termos uma rixa? Se algo acontecesse com ela, seríamos os primeiros suspeitos. Apenas um idiota faria algo tão estúpido.”

Thaddeus cerrou os lábios, sem responder. Ele sabia que era improvável que Cassandra e Quentin estivessem envolvidos, mas ainda assim veio até eles, tentando a sorte.

Cassandra deu um passo à frente, segurando o paletó de Quentin e puxando-o suavemente para o lado. Agora cara a cara com Thaddeus, ela disse calmamente: “Eu realmente encontrei Meredith no banheiro, mas saí antes dela. Não faço ideia do que aconteceu depois. Talvez seja melhor verificar as câmeras de vigilância.”

“Eu já chequei. Não há sinal de Meredith nas imagens,” respondeu Thaddeus, cerrando os punhos. O lobo de Meredith havia entrado em sono profundo, deixando-a totalmente vulnerável. Quando percebeu que ela não retornava à sala privativa, tentou ligar para ela, mas o celular estava inacessível. Apesar de uma busca completa pelo restaurante, não havia sinal de Meredith.

O mais estranho era que todas as câmeras de vigilância do local estavam funcionando perfeitamente, mas não captaram nenhuma imagem dela. Algo definitivamente estava errado.

Quentin arqueou os lábios num sorriso zombeteiro. “Se as câmeras não captaram nada, provavelmente ela evitou de propósito e está se escondendo. Talvez esteja fazendo isso só para te testar, Alfa. Você sabe como aquela víbora é... Está tentando ver se você se importa com ela.”

O rosto de Thaddeus ficou sombrio, e uma aura gélida emanou dele.

Cassandra lançou um olhar firme para Quentin, sinalizando para que parasse. Era perigoso provocar Thaddeus daquele jeito.

“Desculpe pelo que ele disse,” Cassandra falou com uma falsa cortesia. “Quentin fala sem pensar às vezes. Espero que não leve a mal.” Ela então olhou para o relógio no pulso e acrescentou: “Está ficando tarde. Nós já íamos embora. Boa sorte na busca pela Sra. Gardner, Alfa.”

Cassandra lançou um leve sorriso para Thaddeus, entrelaçou o braço no de Quentin e seguiu com ele em direção à saída.

Enquanto observava os dois se afastando, brincando e rindo, Thaddeus sentiu seu peito se encher de irritação.

“Durante seis anos, ela nunca foi assim comigo. Sempre parecia apagada, como se a alegria tivesse desaparecido. Mas agora, logo após o rompimento do vínculo, ela está cercada de homens e rindo como se não houvesse amanhã. Uma mulher tão volúvel jamais poderia se comparar a Meredith.”

Ele se lembrou das palavras de sua avó, que o alertara para não romper o vínculo com Cassandra. Ela havia previsto que ele se arrependeria um dia. No entanto, a ideia lhe parecia absurda naquele momento.

“Arrependido? Eu? Jamais!”

Espantando os pensamentos sobre Cassandra, Thaddeus pegou o celular e ligou para o Beta. “Encontrou alguma coisa?”

“Não, Alfa. Vasculhamos a área ao redor do restaurante, mas não há sinal da Sra. Gardner. O que acha de chamarmos a polícia?” sugeriu o Beta, passando os dedos pelo cabelo enquanto olhava em volta.

“É inútil,” Thaddeus respondeu com a voz firme e controlada. “Ainda não temos certeza se foi um sequestro. A polícia só agirá depois de 48 horas.”

“O que devemos fazer agora?” o Beta perguntou, encolhendo-se com o frio da noite.

“Continue procurando. Pergunte a todos por aqui. Alguém deve tê-la visto,” Thaddeus ordenou.

“Entendido!” O Beta assentiu e encerrou a ligação.

Thaddeus guardou o telefone e entrou em seu carro, dirigindo em direção à residência dos Gardner. Precisava informar pessoalmente a família sobre o desaparecimento de Meredith.

Pouco tempo depois, ele chegou à mansão. O mordomo o recebeu e o guiou para dentro. No mesmo momento, Trevor e Ophelia desceram as escadas. Ao vê-lo sozinho, uma expressão de preocupação surgiu em seus rostos.

Assim que a ligação terminou, Trevor e Ophelia o encararam ansiosos.

“Descobriu algo?” Trevor perguntou.

“Meredith foi sequestrada,” Thaddeus respondeu gravemente.

Ophelia começou a chorar incontrolavelmente, quase desmaiando mais uma vez.

O rosto de Trevor estava rígido de raiva, os dentes cerrados de forma tão intensa que suas bochechas tremiam. “Quem teve a audácia de sequestrar minha filha?”

“Ainda não sabemos,” respondeu Thaddeus. “Mas assim que encontrarmos o responsável...”

“Quero que o entregue a mim,” Trevor o interrompeu com um olhar sinistro. “Vou garantir que ele deseje nunca ter nascido.”

Thaddeus assentiu em silêncio. “Vamos chamar a polícia. Agora que sabemos que foi um sequestro, as autoridades podem abrir um caso. Com o apoio da polícia, teremos mais chances de encontrar Meredith rapidamente.”

Trevor estava prestes a concordar quando Ophelia, ainda pálida e trêmula, gritou: “Não! Não podemos chamar a polícia! De jeito nenhum!”

Os dois homens ficaram perplexos com a reação dela. O corpo de Ophelia tremia violentamente, e seus olhos estavam tomados pelo medo. Toda a dignidade habitual dela parecia ter desaparecido.

“Por que não podemos chamar a polícia?” Thaddeus perguntou, surpreso.

Trevor segurou a esposa com firmeza, acariciando suas costas para acalmá-la. “Está tudo bem, querida. Não vamos chamar a polícia. Eu prometo.”

O tremor de Ophelia diminuiu um pouco, mas o medo em seu rosto não desapareceu por completo.

Trevor soltou um suspiro pesado, passando os dedos pelo cabelo de Ophelia. “Ela está tendo uma recaída,” ele murmurou, como se tentando justificar a reação descontrolada da esposa.