A Dama Cisne Partida romance Capítulo 103

"Tudo bem." Pelo tom de voz, ele parecia estar de ótimo humor.

Esse bom humor o acompanhou até chegarem à casa da vovó, onde ele ainda se sentia muito bem.

Naquele momento, a vovó estava se preparando para almoçar. Sobre a mesa havia apenas uma tigela de sopa de legumes variados, um pratinho de conserva e outro de folhas verdes. Ao vê-los chegar, ela ficou surpresa e um tanto constrangida; apressou-se em recolher a tigela.

"Ora, o que vocês estão fazendo aqui a essa hora? Já almoçaram? Vou preparar algo para vocês!"

Giselle olhou para aquela refeição simples sobre a mesa, tão diferente dos almoços fartos que a vovó costumava preparar quando ela vinha visitá-la. "Vovó, por que você está comendo só isso?"

A vovó rapidamente pegou a sopa e a conserva. "Isso é só o que sobrou do café da manhã, achei ruim jogar fora e resolvi terminar agora. Não é assim que costumo comer, não."

Giselle não acreditou, encarou a avó e fez beicinho.

"Pronto, já está até fazendo bico! A vovó vai preparar algo gostoso agora mesmo, espere só!" disse a vovó, entrando na cozinha com os pratos, como se estivesse fugindo do olhar de Giselle.

Giselle ficou um pouco triste.

Ela não acreditava que era só de vez em quando que a avó comia assim...

Kevin deixou os presentes para a vovó sobre a mesa e aproximou-se dela, com um sorriso divertido. "É só chegar na casa da vovó que você vira criança."

Giselle não lhe deu atenção e foi atrás da avó na cozinha.

A vovó já tinha aberto a geladeira e tirava carne de dentro, mostrando para ela. "Olha só, comprei carne fresquinha para o jantar. Só dei azar de você me pegar comendo as sobras."

Mas Giselle não queria saber, não gostava de ver a avó daquele jeito.

A vovó riu. "Ai, minha filha, tudo bem. Vocês ainda não almoçaram, né? O que querem comer? Eu faço!"

"Macarrão com carne desfiada e verduras," murmurou Giselle baixinho.

"Está certo!" A vovó respondeu alegrando-se e alongando as palavras. "Vai sentar lá fora, que eu faço para você!"

A vovó ainda estava em dúvida. "Vai deixar ele cozinhar mesmo?"

"Sim, vovó. Senta aqui, eu vou descascar uvas para você."

Na verdade, ele nunca tinha cozinhado em casa. Um grande empresário, como ele, jamais teria cozinhado para ela.

Mas ela sabia que ele sabia cozinhar.

Quando estavam no ensino médio, a classe organizou um piquenique.

No campo, enquanto os colegas corriam feito cabritinhos por todo lado, ele, sempre tão quieto, ficou na margem do rio. Enquanto o grupo se divertia, ele empilhou pedras para fazer um fogareiro, acendeu o fogo e preparou a comida.

Mais tarde, ela descobriu que, na verdade, a família dele era muito rica, mas parecia não ligar muito para ele; tudo tinha que fazer sozinho.

Ele estava sempre impecável, arrumado, elegante, forte. Naquele piquenique, foi a única vez que ela o viu desarrumado.