A Dama Cisne Partida romance Capítulo 138

Thais gaguejou, "Talvez... você... você não fez de propósito..." Ao mesmo tempo olhou para Kevin, "Kevin, talvez a Giselle não tenha feito de propósito..."

Giselle sorriu e perguntou a Kevin: "Você acredita?"

Kevin não respondeu.

"Você acha mesmo que eu, com minha deficiência, seria capaz de vencer ela, toda cheia de energia?" Giselle continuou pressionando.

"Kevin, eu... eu juro que não usei força, sei que a Giselle tem dificuldade na perna, e ainda tinha a Dona Valeria ajudando ela junto..." Thais começou a chorar enquanto falava.

Kevin não deu a mínima para o que estavam dizendo; sentou-se na cadeira com o rosto fechado: "O que aconteceu já aconteceu, não precisa relembrar. Agora só resta uma escolha para a Dona Valeria."

"Escolha nada!" Giselle só queria jogar o copo d’água da mesa de centro no rosto dele. "Por que não pode relembrar? Porque você sabe que sua Thais está mentindo! Tem câmera de segurança em casa, você pode ver no seu celular e vai entender tudo! Para de bancar o desentendido! Vocês dois, com que direito querem negociar comigo?"

Giselle realmente não queria mais se envolver com aqueles dois, nem queria xingar, menos ainda se irritar. Ela só queria que eles fossem viver no próprio mundinho, sem vir perturbar sua paz.

"Giselle!" Kevin falou sério, batendo na mesa de centro. "Não importa o que aconteceu. O que importa é que agora existe uma condição: Dona Valeria vai embora, a filha dela sai da escola. Se não quiser assim, Giselle, você pode ajudá-la."

Giselle entendeu, então era isso que estavam esperando!

Não importava o que a princesinha Thais tinha feito, porque ele já tinha tomado partido.

Ela sorriu, "Kevin, eu estava errada, não faz sentido discutir o certo e o errado com você! No seu coração, sua Thais é perfeita, mesmo que ela erre, você arranja mil desculpas para defendê-la, não é? Então? Como posso ajudar a Dona Valeria? Quer que eu retire a denúncia, né? Se eu fizer isso, Dona Valeria pode ficar? A filha dela pode continuar estudando?"

"Sim." Kevin respondeu seco, sem hesitar.

"Senhora," Dona Valeria, sempre assustada, finalmente se acalmou, com lágrimas nos olhos, "Não quero que você tome nenhuma decisão por minha causa. Eu já vou embora agora, não tenho nada para arrumar. Ao meio-dia pego minha filha na escola... você... cuide-se."

Dona Valeria não queria deixar aquele lugar. Além dos cinco anos de trabalho estável naquela casa, havia a filha. Em uma cidade do tamanho de Cidade Mar, tinha custado muito conseguir uma boa escola para a menina. Como poderia desistir agora? Mas ela mesma tinha fugido de um demônio de violência e traição, não suportaria ver a Senhora passando por dificuldades por causa dela.

Ela podia ir embora, sim. Acreditava que Deus nunca fecha todas as portas. Se conseguiu escapar do inferno, não teria medo do que viria pela frente. Só sentia pena da Senhora. Não sabia se o próximo funcionário do patrão trataria a Senhora com o mesmo carinho.

"Dona Valeria, não precisa ir com pressa," Giselle tentou acalmá-la.

"Segundo, todo o dinheiro que você gastou com Thais, de roupas de luxo a imóveis, é patrimônio do casal, eu tenho direito de reaver. E, daqui para frente, você não pode, sob nenhum pretexto, dar dinheiro para Thais."

Essa doeu para Thais.

Dizia que era tudo por amor, mas se Kevin fosse um pobretão, ela estaria ali?

"Kevin! Não pode!" Ela gritou sem pensar.

Mas, logo se deu conta do exagero e disse: "Esses foram presentes seus, têm valor sentimental, não quero me desfazer... e, na minha casa, tem lembranças da nossa vida juntos..."

Que lembranças? Que vida juntos? Até nessa hora queria provocar Giselle?

Giselle sorriu de leve e apontou para cima: "Temos tudo gravado pelas câmeras da casa, foi você mesma que disse que tem lembranças da vida em comum com Kevin na sua casa. Quer me dar mais uma prova para processar o Kevin por bigamia, é isso? Eu até achava difícil provar, mas obrigada, Thais."

O rosto de Thais ficou ainda mais pálido: "Você não disse que ia retirar a denúncia?"