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A Dama Cisne Partida romance Capítulo 205

Giselle pensou um pouco e decidiu que não deveria agir com pressa.

Ela realmente temia que, se pedisse o divórcio naquele momento e Kevin recusasse novamente, acabaria não conseguindo sair daquela situação.

Decidiu então que, nos próximos dias, escreveria uma carta de divórcio sincera e cheia de emoção, deixaria para ele no dia em que fosse embora e utilizaria aquele mês para que ele pensasse bem sobre tudo, acalmasse os ânimos e, ao retornar, poderiam cuidar dos papéis. Um mês de reflexão seria suficiente para, antes de começar a faculdade, ter o divórcio oficializado.

No começo da noite, ela se preparou para cozinhar um pouco de macarrão.

Quando Kevin chegou em casa, ela estava no fogão esperando a água ferver. De repente, ouviu a voz dele atrás de si: "Quando entrei, achei que tinha voltado no tempo. De costas, você está igualzinha à época do colégio."

Giselle olhou para trás. Ele estava apoiado no batente da porta da cozinha, olhando para ela. Provavelmente sorria, mas ela não conseguia ver claramente. O pôr do sol entrava pela janela, banhando o rosto dele em uma luz dourada e difusa.

Ela se virou, pronta para lavar um pouco de cheiro-verde. De repente, sentiu a cintura apertada, era ele que a abraçava por trás.

"Olhe esse pôr do sol lá fora, que lindo. Não parece aquele dia em que fizemos piquenique, quando o sol se pôs daquele jeito?" Ele chegou a apoiar o queixo no ombro dela. "Naquele dia, todo mundo já estava alinhado para tirar foto, só você ainda estava arrumando as coisas, toda atrapalhada. Você também vestia uma camiseta branca, o casaco do uniforme estava de lado, um rabo de cavalo igualzinho, de costas para o sol..."

Giselle não ousava imaginar: se em algum momento desses cinco anos ele tivesse demonstrado esse tipo de ternura, quanto ela teria se emocionado.

Mas, infelizmente, veio tarde demais.

Felizmente, veio tão tarde assim.

"O pôr do sol daquele dia era tão bonito quanto o de hoje", ele sussurrou, apertando o abraço.

"Não é igual", respondeu ela.

"O que tem de diferente?" Ele inclinou-se para ver o rosto dela de lado, com um tom de brincadeira. "Não vai me dizer que estamos velhos?"

Giselle nunca tinha pensado nisso.

Afinal, ele sabia ser romântico, não sabia? Estava se saindo bem. Mas o que teria dado nele hoje?

"Kevin", ela provocou, "será que está se sentindo culpado?"

Daquele jeito, era evidente que havia feito algo errado naquele dia e tentava consertar as coisas diante dela.

"Cof, cof... Imagina…"

Giselle riu friamente. Como podia negar?

"Kevin, não precisa disso", disse ela. "Se fosse para se sentir culpado, já teve tantas oportunidades. Você tem tanto tempo para vir atrás de mim, e eu não tenho tempo de sobra para te aturar."

Assim que disse isso, Kevin voltou ao normal, soltou o abraço, ficou ereto e disse: "Você não pode ser um pouco mais romântica? Precisa ser séria todo santo dia?"

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