A Dama Cisne Partida romance Capítulo 291

"Não foi nada." Santiago Guedes sentou-se ao lado dela. "Só me pediu para relatar o andamento do trabalho, está indo tudo bem."

"Irmão, agora que você transferiu os negócios para cá, vai morar definitivamente no Brasil com a tia?" Giselle Guedes perguntou, curiosa.

"Por enquanto, não." Ele sorriu de leve. "No início vou precisar viajar bastante entre os dois países. Quando tudo aqui estiver indo bem e mais estável, aí penso se trago minha mãe para cá também. Além do mais, ela tem a própria carreira e planos, não está disposta a ser dona de casa em tempo integral para mim."

"A tia é incrível mesmo." Giselle sabia que a tia atuava no ramo da moda, tinha trabalhado muitos anos como estilista em uma grande marca, e só recentemente havia deixado a empresa.

Ao dizer isso, ela falou com sinceridade; o mundo lá fora era tão vasto, mas ela mesma havia se prendido durante cinco anos.

"A nossa Giselle também é muito incrível." Santiago disse isso com uma honestidade tocante.

Ao ouvir, Giselle sentiu que era como aquele ditado de casa: por pior que a vida esteja, ou por mais imperfeita que uma pessoa seja, aos olhos da família, ela sempre será a melhor.

Essa sensação era algo que ela deveria ter recebido dos pais mais de vinte anos atrás, algo que há muito tempo já não esperava mais. No entanto, inesperadamente, naquele momento da vida, prestes a completar trinta anos e em meio ao caos, ela recebeu isso de um irmão com quem mal convivia há poucos dias.

"Irmão..." O peito dela se encheu de um calor suave e reconfortante, tão forte que mal conseguia falar.

"Garota boba, não se preocupe. Daqui para frente, nossa família vai estar sempre unida."

"Uhum." Giselle assentiu. Quase trinta anos de vida, e agora, de repente, tinha parentes de sangue. Era uma sensação acolhedora.

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Quando Kevin Anjos saiu correndo do hospital, Thais Lessa já tinha conseguido contato com Eduardo.

Ela estava sem um centavo, o celular tinha sido levado por aqueles homens.

Tinha sido jogada para fora do carro em um lugar afastado e deserto. Quando conseguiu sair do saco de estopa, o carro já tinha sumido há muito tempo.

Olhou ao redor e não viu nenhuma casa, muito menos pessoas.

Ainda bem que ali não era uma rodovia principal. Depois, ficou parada no meio da rua tentando pedir carona para ir até a cidade.

Em menos de meia hora, já a havia buscado de carro.

Ela estava sentada, ainda tremendo.

Estava completamente desarrumada, o cabelo todo bagunçado, a roupa amarrotada e suja, a maquiagem toda borrada no rosto.

Ao vê-la naquele estado, Eduardo ficou furioso. "Quem fez isso? O que aconteceu? Eu acabo com esse desgraçado!"

Thais não teve coragem de contar o que realmente aconteceu, apenas gaguejou, "Fui assaltada, perdi o celular, roubaram minhas joias e o relógio."

Na verdade, só tinha perdido o celular. Não usava joias nem relógio naquele dia.

"Vamos chamar a polícia!" Eduardo se exaltou na hora.

"Não!" Thais interrompeu novamente. "Não... não chama a polícia..."