A Dama Cisne Partida romance Capítulo 412

O coração de Eduardo deu um salto: o que estava acontecendo?

Ele olhou rapidamente para Thais Lessa, e viu que o rosto dela também estava pálido como papel.

Que mulher idiota!

Ele a amaldiçoou em silêncio.

A conversa continuava.

"Se você quiser brincar comigo, sua filha vai morrer de um jeito horrível! Cadê o celular? Me entrega, desliga agora, e nem pense em gravar nada escondida!"

"Escuta, eu tenho aqui um pacote de remédio. Pode colocar na comida ou na água, mas tem que garantir que Giselle Guedes e o Jovem Sr. Rossi vão consumir! Se tudo der certo, eu te dou cinco milhões, além de ajudar vocês a sair do país, mandar sua filha estudar fora, bem longe daquele homem lá do teu bairro, pra ele nunca mais encontrar vocês!"

"Isso... que remédio é esse? O que acontece se tomarem?"

"Hehe, se tomarem, morrem ou ficam em coma pra sempre. Se você estiver pensando em besteira, pode morrer junto com eles, eu me encarrego de cuidar da sua filha."

"Dona Thais, eu sou só uma ajudante, não consigo fazer isso... eu tenho medo..."

"Medo? E se eu for buscar sua filha na escola, vai ter medo? Nem pense em esperteza, mudar de escola não adianta! Não importa para onde ela vá, eu vou encontrar! Você não quer que nada aconteça com sua filha, não é? Claro, não vou matar ela, só vou mandar umas crianças menores de 14 anos infernizarem a vida dela, todo dia, sem parar!"

Depois, o choro de Dona Valeria ecoou.

"Tá chorando por quê? Sua patroa nem morreu ainda! Chora depois, quando ela morrer! E mais: se der errado e a polícia investigar, você assume tudo! Inventa qualquer desculpa pra ter envenenado, mas não me entrega! Pode ficar tranquila, se você for presa, os cinco milhões vão pra sua filha, e ela vai estudar fora do mesmo jeito. Agora, se você me dedurar, não esquece: foi você quem envenenou, você é a assassina, vai presa igual, só vai ter mais um nome envolvido. E sua filha? Vai perder tudo, sem ninguém pra cuidar, capaz de acabar morta em algum canto do país!"

Mas antes de fugir, ainda queria acabar com Dona Valeria, aquela traidora!

Ela olhou para Eduardo e viu que ele continuava sentado, atônito, o que só fez crescer sua decisão de fugir. Do jeito que Eduardo era, sem laços com ninguém, se recuperasse do choque, seria capaz de matá-la antes de qualquer outro!

Encolheu-se, abaixando-se entre as pessoas, tentando se esconder, e foi saindo rapidamente e de forma discreta.

No entanto, não conseguiu sair.

Os seguranças estavam na porta, não a deixavam passar, e do outro lado ainda vinham alguns policiais.

Suas pernas fraquejaram. Ela agarrou a manga do segurança com uma mão e, segurando a barriga com a outra, chorou baixinho: "Por favor, me deixa sair! Eu estou grávida, minha barriga dói, está doendo muito!"